Os shoppings brasileiros não sabem aproveitar o Carnaval como data estratégica. Essa é a conclusão da pesquisa Orange Paper, realizada pela Célula de Inteligência de Mercado do GS Group. Somente um em cada cinco empreendimentos do setor realiza ações para chamar a atenção dos clientes nessa ocasião.
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Entre os 192 centros de compra avaliados pela empresa, apenas 22% ações inspirados no feriado. Entre eles, praticamente todos (91%) oferecem aos seus clientes atividades focadas no entretenimento e no relacionamento sem a necessidade de consumir para participar.
Para o diretor de Inteligência do GS Group, Fernando Gibotti, os shoppings estão equivocados, pois as análises de tendência indicam que o segmento caminha para se transformar em centros de entretenimento e compras. “O Carnaval é a principal data do calendário cujo entretenimento está na sua essência. Ao decidir não investir no carnaval, o shopping mostra que está desalinhado com seu próprio futuro”, afirma o executivo.
O fato de não aproveitar o tema carnavalesco faz com que a maioria dos shoppings fiquem 60 dias sem eventos nacionais como atrativos para chamar o consumidor às compras. A próxima data relevante será o Dia das Mães — a Páscoa só tem apelo para algumas lojas. O executivo reforça que o setor está ignorando o potencial do Carnaval.
Oportunidade
Gibotti aponta que as equipes de marketing dos centros de compras podem criar atrações originais para atrair o público. Nos últimos dois anos, por exemplo, cresceram ações nas áreas de estacionamento dos shoppings, como festivais encabeçados por food trucks. “Por que não fazer algo similar, com blocos de carnaval no estacionamento, uma área limpa e segura para o consumidor se divertir?”, questiona.
Fora isso, uma parcela significativa de ações para o carnaval foca as crianças. Segundo o Orange Paper, 24% dos shoppings que realizaram ações de carnaval criaram programações para o público infantil.
Outro público, porém, tem um maior potencial de ser impactado: o jovem. “O carnaval atrai compradores de artigos ligados à beleza e à aparência e nessa época do ano quem mais busca esses itens são jovens solteiros, que necessitam comprar roupa, perfume e outros artigos para a festa de carnaval”, finaliza.
Um em cada cinco shoppings faz estratégias para o Carnaval
Pesquisa aponta que a data não entra no calendário estratégico de grande parte do setor. Essa é uma perda de oportunidade?
- Raisa Covre
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