Cada vez mais as mulheres avançam no mundo corporativo de forma a atingir uma equidade para com os homens, seja em cargos de liderança, em igualdade salarial ou mesmo na ascensão de cargos que não eram comuns a ambos os gêneros. Ainda que o processo seja lento — e que seja preciso caminhar muito mais à frente para garantir que o mundo dos negócios seja, de fato, igualitário —, uns avanços já podem ser comemorados, e o ajuste salarial é um deles.
Segundo pesquisa do Vagas.com, a remuneração média dobrou em relação à dos homens. Embora elas continuem recebendo menos pelo mesmo trabalho desempenhado, de acordo com dados recentes analisados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um aumento no salário médio recebido pelas mulheres.
O estudo mostra que, de 1998 a 2018, o salário médio delas era de R$ 3.232. Nos últimos dois anos, entretanto, houve um salto pra R$ 3.814, o que representa um crescimento de 18%. No mesmo período, o aumento registrado na remuneração dos homens foi inferior: 8,64%.
Uma busca contínua por equidade salarial
Ainda que o salário médio tenha crescido entre as mulheres, elas ainda recebem menos do que os homens — mesmo que ocupem o mesmo cargo. De acordo com o Vagas.com, enquanto elas recebem, em média, R$ 3.814 em 2021, eles recebem uma média de R$ 4.422, uma disparidade de 14%.
A pesquisa mostra, também, que essa diferença hoje é menor do que nos outros anos. Em 2018, diz o Vagas.com, a disparidade entre os gêneros era de 21%, ou seja, houve uma redução em sete pontos percentuais nos últimos dois anos.
O motivo do aumento, além da pressão por um mercado de trabalho mais justo, também tem bastante relação com o aumento do nível de estudo. Hoje, as mulheres compreendem 63% dos pós-graduados brasileiros e 59% já possuem ensino superior. No ensino profissionalizante, um ambiente predominantemente masculino, também foi dominado por elas: 54%.
Um dos maiores motivos para o desbalanceamento, diz a pesquisa, é a falta de equidade de gênero dentro das empresas. Um levantamento da Delloite, realizado em 2020, destaca que apenas 8,6% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres.
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