Henry é um dos robôs projetados para satisfazer desejos sexuais. O modelo desenvolvido pela Realbotix é o predecessor de Harmony, um robô em versão feminina que usa inteligência artificial para entender os desejos do seu parceiro, ou dono, como preferir chamar.
O fundador e CEO, Matt McMullen, deixou a entender que Henry é um modelo de robô com “alma” feminina. Ainda em fase de testes, ele diz algumas coisas que são esperadas socialmente de uma mulher e é isso que os desenvolvedores tentam aprimorar no momento.
As falhas encontradas no caminho são os estereótipos que cercam o desenvolvimento das personalidades baseadas em inteligência artificial.
Por exemplo, por qual razão a empresa considera que mulheres seriam apenas submissas e teriam falas clichês como “me leve para o shopping” ou “você me levará para jantar”? Em uma era extremamente moralizada e mais ética, os robôs precisam seguir os preceitos.
De qualquer forma, robôs sexuais com personalidade pseudo desenvolvida dentro de um espectro artificial, já chegaram e são uma tecnologia em constante melhoria.
Por enquanto, os modelos contam com pele siliconada e uma voz morta de assistentes virtuais como a Siri. O preço é outro problema: são extremamente caros e não dão razões suficientes para substituir, por exemplo, as “Sex Dolls” japonesas, feitas de silicone e imitações de pele humana.
O criador da empresa, no início de sua carreira era apenas um escultor de manequins hipersexualizados. Enquanto ele apenas via uma figura inanimada e hiper-realista, alguns espectadores enxergavam a possibilidade de um parceiro sexual. Ao ver isso, ele começou sua companhia de “corpos” customizados. Naquela época, no fim dos anos 90, sem nenhum tipo de inteligência.
O CEO, com o tempo, começou a frequentar fóruns online de amantes sexuais de bonecas. Dentro dos tópicos de discussão, percebeu que os usuários atribuíam personalidade, desejos e costumes ao ser sem vida. Desde então, desenvolveu seu negócio para ser o que é hoje. De qualquer forma, ele não possui nada além de centenas de clientes.
O modelo feminino Harmony custa cerca de US$ 20.000,00 dólares e já foi atração na televisão americana. Os “corpos” são customizáveis e o cliente pode escolher qual mais gosta, a cor da pele, cor dos olhos, unhas, mamilos e até impressão digital.
Cada boneco, supostamente, possui uma modelação única. O rosto demora cerca de seis horas para ser construído. Via aplicativo, o usuário pode escolher ainda como será a personalidade do robô.
Alternativa ou substituição? Qual o futuro das relações com robôs?
McMullen diz que os robôs são “alternativas e não substitutos de parceiros sexuais humanos”. Mesmo assim, as “criaturas” são capazes de responder a maioria das perguntas de forma personalizada e, de acordo com um estudo, um em cada quatro homens considerariam manter relações sexuais com uma “mulher-robô”.
Segundo Jeremy Bailenson, Diretor Fundador do Laboratório de Interação Virtual Humana de Stanford, as pessoas estão deixando de ir a encontros reais. Seja com o uso da rede social ou até mesmo de dispositivos sexuais eletrônicos.
Como será o futuro? Veremos pessoas casando com robôs? Você pode dizer que eles não são humanos e jamais substituirão nosso lugar no mundo. Mas a Robô Sophia, a primeira desenvolvida com inteligência artificial que é capaz de andar, já possui até cidadania.
Ela é considerada uma habitante oficial da Arábia Saudita. É, também, o primeiro robô a possuir uma nacionalidade e, em tese, a cidadania a oferece direitos e deveres, como qualquer outro ser humano.
A verdade é que nossos novos amigos já chegaram e a escolha é sobre como os implantaremos em nosso cotidiano.
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