A Lojas Renner, mais uma vez, conseguiu elevar o lucro líquido da companhia, para R$ 732,7 milhões em 2017 – um crescimento de 17,2%, segundo reportou a empresa. O faturamento total líquido da companhia somou R$ 6,6 bilhões no ano passado.
Considerando as vendas em mesmas lojas – aquelas abertas há mais de 12 meses – a empresa reportou um crescimento de 9,2%, contra uma leve queda de 0,2% registrada nessa comparação em 2016.
A empresa encerrou o ano com 70 lojas a mais. A empresa soma hoje 500 operações, incluindo a primeira loja da companhia fora do País, da marca Renner, no Uruguai. Ao todo, foram R$ 550 milhões investidos no último ano, entre novas lojas, reformas, sistemas e outros investimentos.
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Investimentos e produtividade
De acordo com José Galló, presidente da companhia, a ideia é investir R$ 600 milhões em 2018, incluindo abertura de novas lojas das três marcas no Brasil e duas lojas da Renner no Uruguai. “Em 2017, mais um vez, nosso negócio se mostrou resiliente ao cenário que se apresenta e conseguimos um bom ritmo de vendas, margens operacionais competitivas e seguimos investindo”, afirmou o executivo.
“Vamos continuar investindo em melhorias para termos ganhos de produtividade, maior uso de tecnologias digitais para melhorar nossa experiencia multicanal, porque está claro para todos os motivos de apostarmos pesado em multicanalidade: lojas físicas e online se complementam em um processo sinérgico”, explica Galló.
A atenção com produtividade deve seguir em 2018, segundo o executivo. A empresa fez um monitoramento de desempenho das lojas e encerrou, pela primeira vez, cinco lojas da marca Renner e duas da marca YouCom. “Não devemos fechar lojas da Renner neste ano”, afirmou o executivo.
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Produtos financeiros
No ano passado, a companhia conseguiu autorização do Banco Central para operar uma financeira, chamada de Realize. “A Realize já nasce atualizada, praticamente uma instituição financeira digital, com o objetivo de apoiar nosso negócio, e passamos a ter mais governança, agilidade e eficiência nessa área”, disse Galló.
No ano passado, a receita de produtos financeiros cresceu 32% e movimentou R$ 331,6 milhões. A companhia tem uma base de cerca de 7 milhões de cartões. “É uma boa base para trabalharmos. Queremos adicionar novas funções e serviços aos nossos clientes”, disse Galló.
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2018 positivo
Para Galló, 2018 será um ano bom, apesar do cenário político. “O ano aponta para uma retomada do consumo e se não tivéssemos a questão politica, a gente preveria um ano bem interessante, mas o cenário ainda é favorável, com juros baixos e inflação baixa”, afirma.
O executivo lembra que diferentemente do que ocorria há décadas atrás, o Brasil conseguiu reverter um quadro econômico complexo em dois anos, com queda acentuada da taxa de juros básica, a Selic, de 14% para 6,75% ao ano. “Antes era um esforço enorme para conseguirmos reduzir em um ponto percentual os juros. Então, o cenário ainda é favorável”, analisa Galló.