Em entrevista exclusiva ao Consumidor Moderno, Roni Wajnberg, diretor de marketing da (re)energisa, braço do Grupo Energisa voltado para a geração e comercialização de energia limpa e renovável, com foco na transição energética no Brasil, conta se o setor de energia no Brasil irá virar varejo e revela possíveis tendências.
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O futuro do setor de energia no Brasil
Para começar a vislumbrar transformações significativas no setor de energia brasileiro, é necessário pensar no método de fornecimento de energia do futuro. De acordo com o executivo, a redução das emissões de carbono dá o tom do que hoje é vital: a transição energética.
No Brasil, um dos países com matriz mais limpa, espera-se uma escalada de fontes, como eólica, solar e biogás. Por isso, o Grupo Energisa planeja liderar essa agenda no país. Para isso, está diversificando seus negócios e pensando na melhor forma de oferecer o atendimento ao cliente.
“Lançamos, recentemente, a marca (re)energisa, nosso ecossistema de soluções para acelerar a transição energética dos clientes. É uma marca com atuação nacional, atendendo empresas de todos os portes na cidade e no campo, com produtos e serviços personalizados em geração distribuída por meio de fontes renováveis, comercialização de energia no mercado livre e serviços de valor agregado”, pontua Roni Wajnberg.
Vale ressaltar que o mercado livre é o responsável por descentralizar a distribuição e comercialização energética que, no Brasil, estão disponíveis apenas para quem possui grande demanda de consumo – os chamados consumidores do grupo A. Mas este cenário começa a mudar e já se tem uma previsão para que, a partir de 2024, o consumidor brasileiro do grupo B possa escolher livremente de quem e de onde irá adquirir a energia.
Além de impulsionar novos modelos de mercado e a entrada de novos players – como o comercializador varejista de energia – o cliente terá maior transparência sobre seu consumo e não estará sujeito às bandeiras tarifárias, podendo ainda, dependendo da fonte de energia, obter descontos na fatura.
Em 2022, a (re)energisa está investindo R$ 1 bilhão em geração distribuída, ou seja, 18% do total do Grupo. Quanto ao modelo de negócio, o diretor de marketing da companhia acredita nesse futuro: o setor de energia no Brasil vai virar varejo.
Logo, a (re)energisa pretende ser a força-motriz da estratégia de diversificação dos negócios não regulados do Grupo Energisa. A empresa já atua neste novo cenário com geração distribuída através de energia renovável, comercialização no mercado livre de energia e serviços de valor agregado, dentro de um ecossistema de soluções. Ou seja, tudo que o cliente precisa em um só lugar.
“Do ponto de vista do setor, a transição energética e suas oportunidades serão as grandes geradoras de novos negócios e de novas receitas. É nisso que estamos focados. Nossa ambição é sermos o parceiro ideal dos nossos clientes na transição energética, por meio da plataforma de Energia 4D: diversificação, descentralização, descarbonização e digitalização”, explica.
O CX da (re)energisa para o segmento B2B
Hoje, a experiência do cliente se baseia em redução de custos, uso de energia renovável e serviços de gestão com foco no melhor uso da energia. A (re)energisa surgiu a partir disso e é capaz de suprir essas demandas trazidas pelos próprios consumidores.
Inicialmente, a marca atende o segmento B2B, de pequenas e médias até grandes empresas, tanto nas áreas de concessão da Energisa, como nos demais estados brasileiros.
“O pequeno ou médio empresário pode, por exemplo, adquirir uma cota de uma de nossas fazendas solares para se beneficiar de uma energia segura e renovável para o seu negócio sem fazer investimentos”, exemplifica Roni Wajnberg.
“Uma grande indústria pode comprar energia com custo mais compatível com seu orçamento e, ao mesmo tempo, fazer uma gestão otimizada de sua produção através de uma solução de eficiência energética. Nossa equipe está preparada para entender cada necessidade e oferecer a melhor solução”, esclarece o profissional.
Foco total em ESG
O Grupo Energisa tem um papel primordial na transição do segmento de energia no Brasil por meio da economia de baixo carbono, visando uma matriz energética limpa no país, principalmente em biomas importantes, como a Amazônia e o Pantanal, onde a empresa desenvolve projetos para levar energia de fonte solar a comunidades em áreas remotas.
A estratégia de descarbonização está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), do Pacto Global das Nações Unidas.
Na Amazônia, por exemplo, há o projeto da Vila Restauração, que engloba os Ds de democratização, descentralização, descarbonização e diversificação. Nove meses depois da entrega do projeto na comunidade localizada quase na divisa com o Peru, cerca de 200 famílias tiveram suas vidas transformadas.
“Após a instalação de 580 placas fotovoltaicas, com capacidade de 325kWp, mais um sistema de armazenamento de energia em bateria de lítio, tecnologia que veio para mudar o cenário do setor elétrico e da geração por fontes intermitentes, e dois geradores a biodiesel como backup, a comunidade tem energia elétrica todos os dias, 24 horas por dia. Antes, os moradores só tinham luz por três horas ao dia”, reforça.
O lançamento da (re)energisa veio em meio a uma visão do Grupo Energisa de que o setor elétrico passará por mudanças aceleradas no médio e longo prazo. A marca surgiu para atender as demandas trazidas pelos clientes que estão em busca de redução de custos, uso de energia renovável e serviços de gestão com foco no melhor uso da energia.
“Temos como visão sermos protagonistas na transição energética, conectando empresas e pessoas à melhor solução de energia, construindo um mundo mais sustentável. Todas as nossas frentes de negócio seguem as tendências globais agrupadas no chamado 4D da Energisa: diversificação, descentralização, descarbonização e digitalização. Eles orientam tudo o que fazemos”, finaliza o diretor de marketing.
Com o lançamento da (re)energisa, a empresa pode demonstrar seu compromisso com o futuro que já se apresenta e com a história de 117 anos de superação e inovação no setor.
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