Filas extensas e demora no atendimento podem estar com os dias contados. Essa é a promessa das soluções tecnológicas presentes nos mercados varejistas que investem em novos modelos de caixa.
Para reduzir atritos na finalização da compra, a tecnologia que está ganhando espaço no varejo brasileiro é o autoatendimento, substituindo os caixas operados por funcionários. Hoje, o projeto é querido pelos consumidores.
Soluções como inteligência artificial, reconhecimento facial e aplicativos em smartphones são elementos da realidade atual. O Pão de Açúcar, por exemplo, já aplica tecnologias desse tipo em sua rede. Outra tendência do varejo, o omnichannel se baseia na convergência de todos os canais utilizados por uma empresa e também surge como alternativa no caixa.
Ao integrar lojas físicas, virtuais e compradores, a aplicação omnichannel mostra um novo caminho para o consumidor e o mercado varejista. A integração acontece a partir do momento em que se sabe onde o cliente está e sua relação com os aplicativos pela varejista.
Edgard de Castro, fundador da EDC Soluções, cita a Amazon Go e a Zaitti como cases importantes a serem observados no segmento.
“Um dos exemplos que temos é a Amazon Go, baseada em reconhecimento facial, uma rede de camêras, e códigos que você passa na loja, abre sua passagem, e a partir dali você faz as suas compras. Um futuro muito mais prático”, conta o executivo.
Lara Velho é CEO da Zanzant, um sistema de gerenciamento e otimização de tempo de espera para atendimento em check-outs de estabelecimentos comerciais e empresas prestadoras de serviços, para ser utilizado em dispositivos móveis como smartphones e tablets.
Segundo a executiva, o Zanzant é um eliminador de filas de espera, gratuito para o consumidor final e que surge para resolver um problema clássico do cliente e do varejista.
“A nossa proposta é eliminar as filas e que o consumidor possa ir em qualquer loja através do aplicativo. Colocar o nosso aplicativo dentro do aplicativo de fidelidade da rede para eliminar essas filas”, comenta.
Pagamento por reconhecimento facial ou voz?
Entre as tecnologias implementadas hoje, Lara acredita que o reconhecimento por voz ou facial ainda não seria o mais adequado e de maior aderência pelo brasileiro.
“Eu acredito muito mais hoje que o celular virou uma extensão do corpo e que ele pode funcionar mais no reconhecimento da pessoa do que no rosto ou na voz”, afirma.
Já em relação a o que o consumidor busca, experiência ou eficiência, Edgard acredita que seja uma combinação de fatores.
“Hoje a gente quer ter uma boa experiência e ao mesmo tempo quer tudo mais rápido. Cada lugar tem a sua especificidade e o que pode melhorar. Quanto mais a loja puder oferecer de opção, melhor, o importante é você poder escolher”, finaliza.