No cenário midiático e hiperpersonalizado da sociedade atual, com um boom de redes sociais, aplicativos e bots, qual o comportamento das crianças? No que o uso das tecnologias pode beneficiar ou atrapalhar o desenvolvimento delas? A Wired fez um levantamento de uma rede de pesquisa conectada sobre o assunto com hábitos e indicações para uma melhor relação dos pequenos com a tecnologia e a midiatização.
Em outubro de 2018, a Academia Americana de Pediatria lançou um documento que afrouxa algumas orientações antigas. O primeiro contato com o universo digital, por exemplo, que antes só deveria ocorrer após os 2 anos de idade, agora está permitido a partir dos 18 meses, desde que com supervisão e participação ativa dos pais.
No entanto, especialistas apontam que brincar é essencial. Segundo o levantamento, os desafios trazidos pela atividade formam estruturas cerebrais ligadas à inteligência matemática e à noção de espaço.
Uma saída para driblar os excessos de uso da tecnologia é estabelecer períodos offline diários para toda a família. Já o vício nas redes sociais é um problema recorrente, por isso elas devem ser evitadas até os 13 anos, já que podem causar ansiedade e baixa autoestima.
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Veja abaixo algumas recomendações:
Telas antes da cama
O teor de cortisol com a produção induzida pela luz azul suprime a melatonina e prejudica o sono.
Telas durante a refeição
O hábito está ligado ao excesso de comida, bem como às habilidades sociais e linguísticas atrasadas, devido à falta de conversas familiares.
YouTube
Para reduzir o risco de as crianças tropeçarem em conteúdo duvidoso, desative a reprodução automática e o modo restrito.
Mídias Sociais
A maioria dos adolescentes diz que a mídia social os ajuda a se sentir mais conectados aos amigos, embora o uso pesado esteja ligado à depressão e à ansiedade. Aplicativos como o RescueTime podem ajudar as crianças a refletir sobre o uso da tela.
Filmes
Para conteúdo adequado à idade, consulte sites de avaliação independentes, como o Common Sense Media.
Videogames ativos
Os consoles como Wii e Kinect, e os jogos mais recentes, como Beat Sabre e Rec Room, podem ajudar as crianças a se exercitar.
Chats de vídeo com a família
Enquanto crianças com menos de dois anos têm pouca capacidade de aprender com fontes 2D, os pediatras aprovam as conversas de vídeo a partir dos 18 meses.
Música, audiolivros e podcasts
O envolvimento ativo com música – cantar, dançar e bater palmas – pode aumentar a criatividade, o desenvolvimento da linguagem e o humor.
*com informações da Wired