As perdas em supermercados no Brasil somaram R$ 6,4 bilhões do faturamento bruto do setor em 2017, o que representa 1,82% do total movimentado pelo setor, de acordo com a 18ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro de Supermercados, organizada pela Associação Paulista de Supermercados (APAS).
Os números apontam uma redução de 0,28 ponto percentual em relação a 2016, quando as perdas chegaram a R$ 7,11 bilhões. Só nos setores de açougue, FLV (frutas, legumes e verduras), padaria e peixaria, as perdas chegaram a R$ 3,927 bilhões, pouco mais de R$ 50 milhões a menos que o registrado no estudo anterior.
Os dados são do Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA/Provar) e contemplam mais de 2300 lojas pelo País de 218 redes.
Motivos das perdas
Prazos de validade expirados e deterioração dos perecíveis (a chamada quebra operacional), foram os principais motivos de perda, com 36% do total. Em seguida estão furto externo e erro de inventário, com 15% de perdas para cada item. Furto interno corresponde a 10%.
Os produtos que mais contabilizam perdas são energético, cerveja, corte bovino (exceto picanha), pilhas e baterias, chocolate em barra/tablete, queijo, sabonete, azeite e odorizador de ambiente.
Programas de prevenção de perdas
A pequena redução nas perdas entre 2016 e 2017 pode estar relacionada ao aumento no número de supermercadistas que estão criando áreas de prevenção de perdas em seus estabelecimentos. O número de redes que contavam com uma área de prevenção de perdas subiu de 59,7% em 2016 para 68% em 2017.