Os preços dos supermercados estão cada vez mais salgados. Em 2015, o aumento foi de 11,33%, segundo indicador da Apas (Associação Paulista de Supermercados) e Fipe. O resultado ficou acima da inflação oficial de 10,67%.
O aumento, segundo o gerente de Economia e Pesquisa da Associação, Rodrigo Mariano, esta é a maior inflação acumulada no ano desde 2002, quando o indicador registrou alta de 17,53% nos preços em supermercados.
“A alta nos preços atual decorre do cenário de atividade econômica enfraquecido em 2015, o que fortalece a tese de que a inflação foi muito influenciada por fatores relacionados a choques adversos que não o aumento do consumo. Ou seja, foi resultado do aumento nos custos de produção, diante da alta na energia elétrica, por meio dos reajustes expressivos do governo federal, que impactou muito os custos de produção de diversos setores”, disse a associação, em nota.
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As indústrias que utilizaram mais a energia de maneira intensiva, caso de alimentos e bebidas, principalmente panificados, massas, bebidas, foram os mais afetados.
?É possível verificar uma aceleração da inflação ao longo de 2015, que já era notada desde 2013, refletindo em preços altos. Os motivos desta alta contínua passam pela pressão sobre os custos de produção até menor disponibilidade interna de alguns produtos, seja por redução de oferta ou elevação de demanda. Mas o destaque fica por conta da alta dos custos de produção?, disse o gerente.
?A inflação tem em sua maior parcela impacto diretamente da condução da política econômica que afetou negativamente diversas variáveis econômicas, auxiliando na maior pressão sobre os preços ao longo de 2015?, finaliza.
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