O uso de tecnologias de análise de dados para ajudar a empresa a definir o preço de seus produtos e serviços foi tema da palestra “Derrubando mitos: a estratégia de pricing moldada pelo analytics para gerar valor nas operações de varejo”, realizada no primeiro dia de congresso do BR Week 2017.
Augusto Sales, sócio de estratégia e líder de alimentos, bebidas e bens de consumo da KPMG no Brasil explicou os motivos de tornar na empresa o preço uma estratégia definida por membros C-Level.
“Há uma oportunidade global das empresas trabalharem pricing e ganhar na margem”, diz. “Para isso é preciso entender uma série de questões dentro da empresa para então pensar na estratégia”, completou Sales.
Níveis de amadurecimento
O executivo mostrou uma pesquisa da consultoria sobre o nível de maturidade das empresas em relação a preço.
“As que não consideram princig algo estratégico são chamadas de tartarugas, a que consideram um pouco mais são chamadas de atum, as mais evoluídas são as golfinhos e por, fim, as que levam o pricing algo muito a sério são chamadas de tubarão”, explicou Sales.
A L’oreal é considerada um golfinho. Andre Gaigher, diretor de finanças da empresa, disse que o processo de transformação do preço iniciou dentro da companhia há dois anos.
Para as empresas que se interessam pelo assunto e quem começar a trabalhar o preço de seus produtos e serviços, Gaigher afirma que é preciso pedir ajuda de uma consultoria.
“A primeira pergunta que precisa ser feita é quem olha pra pricing na empresa? O ideal é o CEO. Além disso, é preciso ver como esse assunto é conduzido. Não pode ser um assunto solto, sem direção porque a estratégia se perde”, disse o executivo da L’oreal.
Os painelistas concordam que há uma tramitação natural para a definição de preços dentro de uma companhia.
A primeira delas é basear o valor do produto ou serviço pelo custo. A segunda acontece comparando com os concorrentes. E, a melhor e mais madura opção, incrementar a equipe de pricing com tecnologia.
“Meu conselho é que se precisa ter uma equipe de princing mesmo tendo um sistema automático para monitorar o que está acontecendo, para ver se o algorismo e a estratégia estão dando certo”, completou Hélio Lemos, CEO da Percycle.
Confira a cobertura completa do BR Week 2017.