Para quem vive o dia a dia na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), pode até não parecer, mas, em 2015, os níveis dos poluentes atmosféricos monóxido de carbono (CO) e dióxido de enxofre (SO2) estão entre os mais baixos da década. Pelo menos é o que diz o relatório anual de qualidade do ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), agência do Governo do Estado responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição, com a preocupação fundamental de preservar e recuperar a qualidade das águas, do ar e do solo.
Segundo o relatório, as concentrações médias de partículas inaláveis (MP10), tanto na RMSP como na maioria das estações da Companhia no Estado de São Paulo, foram inferiores às medidas de 2014.
De acordo com nota divulgada pela Companhia, o relatório mostra que a principal causa para essa redução foram as chuvas superiores às médias dos anos anteriores. Isso contribuiu para que o inverno de 2015 possa ser considerado o mais favorável à dispersão de poluentes dos últimos dez anos. Ainda segundo a nota, o resultado mostra a eficácia dos diversos programas de controle adotados pelo governo, além da influência das condições meteorológicas.
No entanto, apesar do número de partículas inaláveis (MP10) na região ser menor do que no ano anterior, ele se mantém relativamente estável. Isso mostra, mesmo com as emissões dos veículos novos cada vez mais baixas, isso é suficiente apenas para compensar o aumento da frota e o comprometimento das condições de tráfego.
As chuvas também não foram suficientes para evitar a ocorrência de episódios de altas concentrações de ozônio (O3), em alguns locais do estado, principalmente nos meses de janeiro, setembro e outubro.
Em termos gerais, os níveis observados para diversos poluentes, em 2015, foram menores do que os do ano anterior. Entretanto, o estado de São Paulo ainda apresenta áreas, nas quais se inclui a RMSP, em que níveis de poluição para alguns poluentes não atendem aos padrões ambientais desejáveis para proteção da saúde humana e do meio ambiente.
Assim, visando ao controle da poluição atmosférica e à redução dos níveis observados, a Cetesb desenvolve uma série de programas e atividades, dentre as quais destacam-se o Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV), o Plano de Redução de Emissão de Fontes Estacionárias (PREFE), a fiscalização e controle das emissões industriais e o programa de fiscalização de fumaça dos veículos a diesel.