O brasileiro está longe de achar que a situação do País vai melhorar nos próximos meses. O pessimismo da população foi percebido pelo relatório de Perspectivas para 2017, feito pela ACREFI em pareceria com Kantar TNS.
O monitoramento foi feito entre abril e junho deste ano, durante períodos de turbulência na política e economia do País. À época, foi divulgada a lista de inquéritos autorizados pelo STF para a Operação Lava Jato, fervia os debates sobre as propostas de reformas trabalhista e previdenciária, além de vazamentos de conversas entre o dono da JBS e Michel Temer.
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A situação provocou um desânimo profundo na sociedade. Em junho, 80% da população considerava a situação global do Brasil como ruim ou péssima, o maior índice desde março de 2016 quando foi registrado 83%.
Destaca-se o alto descontentamento: 42% acham a atual situação péssima e 38% ruim. Apenas 17% consideram o momento regular, 2% bom e 1% ótimo.
Incerteza
O estudo destacou ainda o grande índice de incerteza dos rumos do País. Quando questionados se as últimas medidas econômicas levavam o Brasil a caminhar na direção certa ou errada, 48% não soube responder.
Para 32% dos entrevistados o País caminha no rumo errado e apenas 20% acha que estamos em direção correta.
Forte pessimismo
Para a maioria dos entrevistados o Brasil não deve melhorar seus índices nos próximos meses. Quando questionados a respeito do crescimento do País, 43% acredita que vai piorar, 37% acha que vai se manter como está e 20% que vai melhorar.
O pessimismo ainda é maior quando questionados sobre o que acham que vai acontecer com a taxa de juros. Em junho, 61% acreditava que situação vai piorar, 22% se manter igual e apenas 17% vai melhorar. Os números são piores do que em abril, quando apenas 57% achava que ia piorar e 22% acreditavam na melhora.
Reaquecimento
Os brasileiros também não acreditam no reaquecimento da economia em curto prazo. Isso porque 53% acha que a oferta de crédito vai piorar nos próximos meses. O número cresceu em relação a abril, que registrou 46% de pessimismo. Já a estimativa de melhora caiu entre abril e junho deste ano, com 21% e 18% respectivamente.
A maioria (51%) dos entrevistados também acha que o consumo das famílias vai piorar nos próximos meses. Mas cresceu de 26% para 30% os que acreditam que o consumo vai se manter igual ao atual. Entre os que achavam que a situação ia melhorar houve queda de 21% para 18% entre abril e junho deste ano.