No ano passado, o varejo perdeu o equivalente a R$ 37 bilhões em faturamento com roubos, furtos e problemas internos operacionais, segundo pesquisa divulgada hoje (18) pelo Ibevar. O valor corresponde a 2,89% do faturamento total do setor no ano passado. O índice é mais do que o dobro da média global que, no período, foi de 1,36%.
O índice de perdas de 2014, segundo mensurado pelo Ibevar, é o maior desde o início da pesquisa, em 2002, quando as perdas representavam 1,98% do faturamento do setor.
?É impossível saber com as informações disponíveis quanto deste aumento se deve à melhora das condições de apuração e quanto é devido às dificuldades geradas pelo aumento do faturamento. O fato é que as perdas no varejo brasileiro são substancialmente maiores que as registradas na América do Norte (1,49%), Europa (1,27%) e América Latina (1,60%) para citar alguns exemplos?, explicou o diretor vogal do Ibevar, professor Nuno Fouto, um dos coordenadores do estudo.
Para chegar ao índice, a pesquisa consultou mais de 3 mil lojas, sendo 847 supermercados, 145 farmácias e 165 lojas de material de consutrução.
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Por segmento, o que apresentou maior índice de perdas são as Micro, Pequenas e Médias Empresas, que apresentaram índice de 4,44% de perdas. Supermercados registraram no ano passado um porcentual de 2,98%, ao passo que material de construção apresentou um índice de 1,72%.
Já as farmácias apresentaram um índice de perdas de 2,98%. Em relação a 2013, supermercados e material de construção registraram aumento no índice de perdas.
Nos supermercados, os departamentos de perecíveis são os que registram os maiores índices de perdas, como padaria (5,58%), peixaria (4,35%) e açougue (4,24%). Do total dos supermercados entrevistados, 36% possuem área de prevenção de perdas.
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