Em agosto deste ano, o comércio da cidade de São Paulo perdeu R$ 931 milhões, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo pesquisa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) divulgada hoje (11). No mês, a queda foi de 6,5%, resultando em um faturamento de R$ 13,4 bilhões.
O recuo foi menor do que o registrado no Estado, que registrou queda de 9,3%no mesmo período de comparação. No acumulado de janeiro a agosto, o varejo da cidade de São Paulo apresentou recuo de 2,6%.
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) é feita com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz), por isso os resultados são de agosto, porque há uma demora na compilação dos dados.
Segundo os economistas da Federação, o ciclo recessivo do varejo paulistano se estenderá até meados de 2016. “A situação de instabilidade política no País dificulta a implementação de medidas corretivas e mantém pessimistas tanto os consumidores quanto os empresários”, avaliou a FecomercioSP em nota.
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Das nove atividades analisadas na pesquisa, cinco registraram queda de dois dígitos: Eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (- 21,1%); de Lojas de vestuário, tecidos e calçados (-14,5%); e de Materiais de construção (-20,4%).
Apenas os segmentos ligados aos produtos de primeira necessidade apresentaram crescimento das vendas em agosto: Supermercados, com alta de 3,5%; e Farmácias e perfumarias, com aumento de 1,9%.
Para a FecomercioSP, a expectativa de crescimento no comércio varejista da capital permanece em baixa. “Com as recentes altas nas taxas de desemprego, aliadas à piora do cenário econômico interno, não há indícios de recuperação do varejo paulistano a médio prazo”.
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