A Amazon tem obsessão por ser protagonista de uma onde incessante de inovações no varejo. A empresa de Jeff Bezos é incansável na proposta de pensar novos formatos de loja, de interação com os clientes, de aumentar a produtividade e de oferecer rigorosamente qualquer coisa do jeito que cada cliente deseja.
Um dos vetores mais evidentes dessa corrida desenfreada pela predominância no varejo global é a Inteligência Artificial Alexa. MAis conhecida pela sua presença em dispositivos semelhantes a caixas de som, Alexa representa uma nova fronteira de interação, escolha, decisão e compra para consumidores e varejistas. Essa ambição foi discutida intensamente no Shoptalk. O painel “Alexa, o que vem por por aí no varejo de voz?” Reuniu Nithya Thadani, CEO da Rain e David Isbitski, Evangelista-chefe de Alexa e Echo para um exercício sobre o alcance dessa nova tecnologia.
Nithya Thadani, CEO da Rain e David Isbitski, Alexa e EchoDavid afirmou que a evolução da Alexa foi impressionante. No início, as pessoas que adquiriram os dispositivos “Echo”passaram a falar “Alexa” depois de algum tempo. Agora falam simplesmente “Minha Alexa“. Ela está integrada às vidas das pessoas e funciona como alguém com quem conseguimos conversar. Ela é espontânea, articulada e pode permitir que marcas utilizem esse poder para personalizar experiências envolventes. O executivo afirma que a ideia poderosa que norteia o desenvolvimento da Alexa é permitir que as pessoas possam fazer perguntas e consultas à IA e realmente exercitar um diálogo sobre qualquer coisa. Alexa pode ser uma companhia no trabalho, em casa e até mesmo em um hotel onde estejamos passando férias.
David também falou sobre o uso e aplicações da Alexa nos automóveis. “O que é interessante em um automóvel é o quanto nos acostumamos com o som do. Rádio. Esse áudio nos isola dos sons ao redor, até mesmo de uma chuva que bate no carro. Agora imagine que possamos estar dialogando com a Alexa no carro, e possa fazer com que ela me permita jogar enquanto dirijo sem que precise me distrair do caminho. Alexa é capaz de executar os movimentos de um “Jeopardy” para mim, por exemplo. Ela me confere a habilidade de lembrar de pequenas tarefas que preciso executar e que normalmente não lembraria e isso sem sair do carro”, exclama o evangelista da Amazon.
A compra por voz está realmente nos planos de muitas redes varejistas. Será uma realidade de fato? David acredita que nada impede que a velocidade prevaleça. Nada é mais importante que a velocidade para as pessoas. E nada pode ser mais veloz do que usar a voz para solicitar tarefas, para comprar, para contratar. A voz resgata a forma natural que temos de consultar nossa memória. Na opinião do executivo, não é natural abrir um app e consultar nosso histórico de compras. É muito mais simples e intuitivo pedir o histórico por voz e receber a informação de imediato. E é por isso que o comércio por voz tende a prevalecer e se tornar um sucesso.
O que os varejistas podem esperar do futuro do varejo quanto ao potencial dos assistentes de voz? David afirma que podemos sempre pensar que o relacionamento com o cliente acontece por diversos dispositivos, mas se você tiver a percepção do que cada marca e cada informação significa para o cliente, as perspectivas se abrem de modo exponencial. Pense na Alexa como um concierge excepcional capaz de oferecer as informações mais precisas para o cliente de acordo com o que quer, sempre que quiser”, finaliza.
Estamos. diante de um conceito de enorme potencial: recriar o varejo para que funcione como um concierge sempre pronto a expandir os horizontes dos consumidores oferecendo informações relevantes e serviços de alta qualidade. Seja bem-vindo à era do varejo por voz. Quem sabe seja a hora de dizer “olá” para a Alexa.