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O que transformação social e negócios inovadores têm em comum?

O que transformação social e negócios inovadores têm em comum?

Empreendedores brasileiros, jovens e experientes, formatam sua atuação preocupados com a transformação social – e é isso que faz a sociedade crescer

Vivemos dias difíceis na sociedade atual. Nunca foi tão urgente pensar no outro – principalmente em momentos em que grandes desigualdades vêm a tona, sejam raciais, econômicas ou de gênero. Durante o Whow! Festival de Inovação, grandes nomes do impacto social se reuniram no mesmo palco: Helton Souto, gerente de projetos do Instituto Ayrton Senna; Eduardo Mariano, presidente do Exchange do Bem; Fernando Montenegro, consultor e pesquisador de percepção de consumo da ETNUS, e Matheus Pinheiro de Oliveira e Silva, founder do Meraki Group.
Como mediador e iniciador do debate, Souto chamou a atenção para a importância de pensar na transformação social. Seja para empresas, seja para as próprias pessoas. No Instituto Ayrton Senna, a forma de transformar é pela educação. “Nós envolvemos todos os atores nessa atividade, estudantes, professores, gestores. Fazemos de tudo para que as crianças possam desenvolver seu pontecial”, conta. Ele lembra que fazer acontecer é uma questão de correr atrás daquilo que se acredita, as oportunidades precisam ser criadas. Nada acontece sem impulso.
Nesse sentido, ele questiona o propósito de cada um dos participantes do painel.
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Ideias a mil

Eduardo Mariano conta que o grande intuito da Exchange do Bem é mudar a vida das pessoas. A startup promove experiências de trabalho voluntário por todo o globo. “O mundo está cheio de problemas, aqui no Brasil ou em qualquer lugar, então se a gente tornar a vida de algumas pessoas melhor já vai ter valido a pena”, aponta.
“Eu sou preto, pobre e estou dentro de grandes mazelas sociais”, aponta Fernando Montenegro. Quando entrou no mercado, não entendia porque as pessoas costumavam falar que a comunicação ligado ao negro não vendia – elas simplesmente diziam que não vendia e “todo mundo sabe”. Da sua inquietação surgiu a ETNUS, uma consultoria e empresa pesquisadora para esse nicho. “Nós percebemos que as marcas não sabem falar com a população negra por conta de toda uma estrutura do imaginário que é racista”, explica. Em nossa concepção de sujeito, desde pequenos, essa ideia é colocada – e é isso que o empreendedor combate.
A população negra é uma porcentagem grande da população e mesmo assim quase não é registrada na história. “Se o mundo acabar hoje e procurarem as escrituras, é como se não existíssemos”, diz. A ETNUS, assim, procura mapear o consumo da população negra para direcionar o mercado da melhor forma. “A indústria da beleza, por exemplo, viu uma grande queda nos seus números nos últimos anos – e a queda da venda de produtos para alisar o cabelo tem uma grande influência nisso”.
Matheus Pinheiro inicia sua fala agradecendo a todos pela oportunidade. Conta como a vivência com povos do Oriente o fez repensar sua forma de ver a si mesmo e ao outro, ao mesmo tempo em que exercitava sua gratidão pelos fatos cotidianos. “Meraki é fazer com alma, criatividade e amor tudo o que você se propor”, conta. É daí que vem o nome de sua empresa. Ela busca propor experiências inovadoras e colaborativas para jovens do ensino médio com um aprendizado disruptivo. “É importante questionar e entender como deixar o nosso propósito para as próximas gerações”, diz. Os cursos do Meraki Group é a forma que o empreendedor encontrou.
Souto observa como os empreendedores presentes são jovens – e já olham para temas tão pertinentes para a transformação social. Isso é muito importante. “No Brasil, temos um desafio duplo. Um atraso carregado há anos de história. Pessoas que não sabem ler ainda, que têm muita dificuldade de informação, de acesso”. É importante ver como negócios pautados na empatia estão crescendo.

Como fazer esse mercado se movimentar?

Para Montenegro, é importante que a sociedade assuma que estamos todos errados. Além disso, assumir que não dá para resolver tudo sozinho. Humildade. “É importante trazer esse olhar para não repetir preconceitos, para formatar um ambiente mais igualitário”.
Mariano aponta que a empatia também é fundamental. “Costumam dizer que o brasileiro é muito simpático. Mas precisamos desenvolver a empatia também”. Para complementar, o empreendedor da Meraki Group aponta que a escuta também tem um papel crucial. “Ouvir o outro é fundamental para a nossa própria vivência. É uma forma de praticar a empatia de forma mais forte”. Isso fomenta os processos criativos. A escuta é importante para acertar o que o outro precisa. Ao mesmo tempo, é importante também aprender com o fracasso.
Souto acrescenta que é preciso coragem – coragem de enfrentamento. Além disso, é preciso colocar a mão na massa para a transformação social acontecer.

Propósito

A representatividade, quando falamos de temas étnico-raciais, é muito importante. Montenegro aponta como no exterior é forte, dentro das empresas, o alinhamento entre propósito e lucro, valorizando a diversidade. No Brasil, porém, ainda existe um gap.
No Instituo Ayrton Senna, diversas empresas apoiam a iniciativa. O executivo conta como existe um trabalho diário para que o entendimento sobre o que, como e por que existe esse apoio das organizações é constante. Até as organizações precisam entender. “É importante que aja o entendimento sobre qual o impacto que se deseja e não simplesmente o apoio financeiro”.
A primeira edição do evento, organizado pelo Grupo Padrão, acontece em mais de 70 lugares de São Paulo. Acompanhe a cobertura aqui e nas redes sociais com a #WhowFestival!

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