Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP), divulgada no último ano, mostrou que os gastos e investimentos em TI representaram 7,6% do faturamento líquido de empresas brasileiras em 2015, sendo que os setores de serviços e comércio destinaram 10,9% e 3,5% de suas receitas, respectivamente, a esses projetos. Apesar desses investimentos no varejo ainda não serem expressivos, eles têm papel fundamental para as estratégias das companhias. Os varejistas físicos ou virtuais (e-commerce) devem ficar atentos às tecnologias disponíveis e selecionar aquelas que agregam alto desempenho aos seus negócios.
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A boa ou má experiência dos clientes do setor de varejo depende, entre outros fatores, da qualidade dos serviços prestados e da agilidade do tempo de resposta da empresa varejista direcionado aos próprios funcionários, fornecedores e, é claro, aos consumidores finais. O acesso rápido aos dados pode refletir, por exemplo, no tempo gasto para processar lotes de notas fiscais, impactando a extensão de toda a cadeia de suprimentos.
Podemos afirmar que a agilidade de acesso aos dados no varejo passa pela escolha da tecnologia de armazenamento de dados. Assim, o tempo de resposta de uma pesquisa que normalmente poderia durar horas ou dias com a utilização de unidades de disco mecânico, leva minutos com uma solução de armazenamento totalmente flash. Logo, a aplicação dessa tecnologia está diretamente relacionada à eficiência das operações das empresas e pode afetar positivamente a condução dos negócios de varejo.
Não é arriscado apontar que nos próximos dez anos, o disco rígido tradicional está fadado a chegar ao fim, uma vez que está sendo maciçamente substituído pelo armazenamento de estado sólido, o qual, sem partes móveis e sistemas mecânicos, evita quebra ou falha. Atualmente, com os dias de concorrência acirrada, principalmente no universo de varejo, ter alguns diferenciais competitivos é parte da solução.
O principal ganho do flash para esse setor passa pela eficiência de toda a infraestrutura de TI dos negócios. A cervejaria artesanal Sierra Nevada, uma das primeiras do segmento na América, com atuação nos setores de fabricação e varejo, enfrentou muitos desafios tecnológicos, mas a meta principal era alcançar alta disponibilidade no acesso à informação.
À medida que os requisitos de dados aumentaram, a Sierra Nevada começou a experimentar desaceleração de desempenho com seu antigo array de disco mecânico, o que a levou a substituí-lo pelo array totalmente flash. Com isso, além da companhia cervejeira ter agilizado os processos de fabricação, solucionou problemas de desempenho e latência, isso sem falar na redução de custos e de energia que obteve.
A tecnologia flash impacta os ganhos incrementais ao setor de varejo, que movimenta grande volume de informação. Ter acesso mais rápido dá aos varejistas a capacidade de impulsionar seus sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP) e influencia, por exemplo, na disponibilidade de produtos nas gôndolas devido à gestão do estoque. Outro ponto importante neste setor é que o processo de upgrade para um novo sistema ou site, que pode levar dias para ser finalizado, é realizado de forma quase imediata com o flash.
Com relação a ataques externos de violação de privacidade, essa tecnologia pode apoiar mesmo que esse assunto esteja diretamente relacionado à área de segurança cibernética. Isso porque as empresas conseguem proteger automaticamente o equipamento de armazenamento, medida de proteção que possibilita evitar que dados essenciais das organizações, como os de clientes, sejam roubados ou vazados por hackers, já que com um sistema flash é possível criptografar tudo o que está escrito.
Velocidade nos insights e nas respostas, segurança e inteligência. São esses recursos que podem ser conquistados por meio do armazenamento totalmente flash, o qual ajuda a gerar economia operacional e interfere positivamente no crescimento dos negócios. Nesse sentido, é hora do executivo do setor de varejo ficar atento a que tipo de tecnologia ele está colocando no seu carrinho de compras.
*Wilson Grava é vice-presidente e gerente geral para a América Latina da Pure Storage
O que tem de TI no carrinho de compras do varejista?
Especialista explica os motivos para os varejistas ficarem atentos às tecnologias disponíveis e selecionar as que agregam alto desempenho aos negócios
- Redação
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