O smartphone se transformou no principal aliado ou assistente das pessoas neste século. No entanto, um dispositivo tão importante poderia ser substituído por outro aparelho ou ideia no futuro?
Esse foi o ponto de partida do bate-papo no painel “O fogo, a roda, o smartphone. Para onde caminha a inovação tecnológica”, no Whow.
Fabrício Dore, diretor executivo de design da Mckinsey & Company, falou sobre o momento do smartphone no cotidiano das pessoas. Segundo ele, o aparelho se transforou no principal assistente das pessoas, tendo inclusive agregado até mesmo uma espécie de carteira digital. E não é apenas isso: “Imagine o celular carregando todo o nosso ID (identidade). Isso está sendo pensado na Inglaterra. Além disso, não precisamos carregar dinheiro, pois temos Paypal, o Apple Money e outros”, afirma.
Nesse sentido, Gabriel Benarrós, CEO da Ingresse, questionou os palestrantes sobre o futuro do celular. “Então, estamos discutindo que o modelo atual do smartphone está ultrapassado?”
Lina Lopes, diretora da agência Lilo Zone, foi além sobre o futuro do smartphone. Na visão da executiva, esse dispositivo não será algo tão rígido ou feito de algum material, seja de metal ou plástico. “Eu tenho dois chips implantados no meu corpo. Cada vez mais teremos implantes nos nossos corpos. Penso que serão tecnologias mais corpóreas. Hoje, tem muita gente trabalhando com máquinas orgânicas. Se pudesse apostar, digo que o smartphone será menos rígido e será algo mais orgânico”.
Inteligência artificial
Com ou sem dispositivos, o fato é que o substituto do smartphone no futuro terá uma robusto inteligência artificial. E nesse ponto todos os palestrantes concordaram. No entanto, o momento ainda é de aprendizado e aprimoramento da máquina.
É o que afirma Fábio Palma, diretor executivo da Bizsys, empresa que suporta o mercado publicitário. Ele lembrou do conceito da Lei de Moore, que cita a capacidade de processamento de dados muda a cada 18 meses. “Penso que temos um desafio para os desenvolvedores do hardware no futuro. A capacidade de processamento não se aproximou do modelo humano. Mas isso vai acontecer em breve e isso vai transformar a nossa comunicação com pessoas ou máquinas. Sejam eles com ou sem os tradicionais celulares”, afirma.