O mercado de foodtech tem ganhado grande importância no Brasil e é esse um dos motivos pelos quais boa parte dos investimentos tem subido na categoria. Uma prova disso é o surgimento do mais novo unicórnio: a NotCo, startup que atua no segmento plant-based, atingiu valor de mercado de U$ 1,5 bilhão após rodada de investimentos Série D de US$ 235 milhões, liderada pela Tiger Global. Isso a consagrou como primeira startup do segmento plant-based a atingir o status de unicórnio na América Latina.
Com o novo status, a NotCo é também se torna a única do mundo a empregar tecnologia patenteada de inteligência artificial para recriar alimentos à base de vegetais muito semelhantes aos de origem animal. Vale destacar que a startup desenvolveu produtos em ambas as três linhas principais de produtos com proteína animal: laticínios, ovos e carnes.
“Nossa patente exclusiva em inteligência artificial nos dá uma vantagem competitiva significativa devido à velocidade e precisão com que somos capazes de desenvolver e trazer novos produtos para o mercado”, diz o fundador e CEO da NotCo, Matías Muchnick.
O mercado de foodtech plant-based e seu potencial futurista
Com mais de US$ 350 milhões até o momento, e a Série D impulsionará a expansão da NotCo para novas categorias na América do Norte. Dessa forma, o núcleo da tecnologia de inteligência artificial será ainda mais escalado. Vale destacar que a rodada de investimentos também veio para acelerar os planos de lançamento da startup na Europa e na Ásia.
“NotCo criou produtos alimentícios à base de vegetais de nível mundial que estão rapidamente ganhando participação no mercado”, diz Scott Shleifer, sócio da Tiger Global. “Estamos animados com a parceria com Matías e sua equipe. Esperamos que a inovação contínua de produtos e a expansão para novas geografias e categorias de alimentos gerem um crescimento elevado e sustentável nos próximos anos.”
Vale destacar que a NotCo usa inteligência artificial, o Giuseppe, para recriar receitas a partir de substituições com semelhanças a nível molecular de ingredientes apenas vegetais. Essa vivência intensiva com a inovação torna a foodtech uma alternativa mais avançada no mercado, à frente de outros players: Giuseppe tem inúmeros algoritmos para analisar milhares de vegetais em seu banco de dados. Assim, a empresa consegue chegar a combinações únicas que replicam produtos de origem animal quase à perfeição.
“Nós temos várias obsessões para os próximos meses, Giuseppe está trabalhando para lançarmos produtos similares a carne de origem animal, e devemos ter novidades em breve” destaca Muchnick.
No Brasil, as pretensões da startup são ambiciosas: o País está no centro da estratégia de empresas e investidores que miram o setor de foodtech. Por hora, a empresa entrou na rede varejista por meio do e-commerce, com foco na Amazon, Mercado Livre e Pão de Açúcar.
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