Nesta quarta-feira (18), o Governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recomendou o fechamento dos Shopping Centers da Grande São Paulo para tentar frear o avanço do novo coronavírus na região.
A recomendação é que todos os shoppings pausem suas operações até o dia 30 de abril. As academias de ginástica também receberam a orientação. Estabelecimentos do interior e litoral paulista estão livres da medida, por enquanto.
Após a fala do Governador de São Paulo, as administradoras de Shopping Centers anunciaram a suspensão das atividades em várias unidades.
As empresas estão fechando as lojas, mas mantendo o funcionamento de serviços como supermercados, farmácias e alimentação em horário reduzido.
Algumas operadoras fecharam seus shopping também fora da Grande São Paulo. A CCP, que opera na capital paulista o Shopping D e o Shopping Cidade São Paulo, suspendeu a operação de todos os seus estabelecimentos, incluindo dois em Minas Gerais.
A Multiplan, dona do BarraShopping (RJ) e do Shopping Anália Franco (SP) decidiu fechar as lojas dos shoppings paulistas – incluindo três do interior – e do ParkShopping, em Brasília.
A Aliansce Sonae vai fechar 11 de seus 39 Shopping Centers. Entre as operações que serão suspensas estão estabelecimentos de São Paulo, Campinas, Brasília, Vila Velha, Salvador, Taboão da Serra e Belo Horizonte.
Negociação é a chave
Luis Augusto Ildefonso, diretor institucional da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) afirma, em entrevista à NOVAREJO, que o fechamento das lojas não deve ter impacto tão diferente nas vendas do que todo o impacto já causado por toda a crise do novo coronavírus.
Segundo ele, as vendas já tiveram quedas enormes na última semana e “se as lojas fecharem, não vai ser tão pior do que já está sendo”.
O diretor da Alshop explica que agora os lojistas precisam negociar prazos de pagamento e condições de aluguel com as administradoras dos shoppings.
“Esperamos que haja acordo entre lojistas e shoppings na questão do postergamento de pagamentos: se a loja ficar fechada 10 dias que o adiamento seja proporcional para que o lojista possa cumprir com suas obrigações. Além disso é importante negociar o aluguel para que ele seja proporcional ao uso. A suspensão do fundo de promoção, que não está sendo usado, também é importante”, Luis Augusto Ildefonso, diretor institucional da Alshop
Luiz Claudio Dias Melo, sócio-diretor da divisão de varejo da consultoria 360 Varejo, explica o que os lojistas precisam negociar: “em primeiro lugar, uma carência de alguns meses em seus custos de administração (aluguel/condomínio); em segundo lugar eles precisam solicitar prorrogação de suas dívidas com fornecedores e sob hipótese nenhuma deixar de pagar salários”.
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