Sustentabilidade e preservação do meio ambiente são assuntos cada vez mais debatidos. Pensando nisso, o Itaú, a Natura, a Renner e a B3 firmaram um compromisso com o clima, anunciado durante o evento Diálogos sobre Nova Economia, em São Paulo.
Com produção de lixo zero para compensar as emissões de CO2, o evento contou com quatro painéis com participação de executivos das empresas, jornalistas e especialistas sobre meio ambiente e preservação.
Uma das palestrantes, a fotógrafa ambiental Marina Klink realizou mais de 30 expedições para a Antártica, onde fotografou cenários da região quase inóspita. “A Antártica é um termômetro do planeta. Temos que pensar na retroalimentação, em compensar, aumentar nosso nível de consciência”, conta a fotógrafa.
Os outros painéis contaram com participação de representantes dos Institutos Ekos e Arapyaú, responsáveis por estudos e projetos de redução de emissões de carbono e incentivo a colaboração de empresas para o uso sustentável da terra.
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“É preciso pensar em remunerar os atores que investem, planejam sua atuação na redução de carbono e no custo efetivo da manutenção das florestas”, declara Ana Cristina Moeri, diretora do Instituto Ekos.
Segundo Keyvan Macedo, o chamado para a sustentabilidade deve incentivar empresas a repensar suas áreas de atuação.
“A plataforma é um convite para isso, para chamar o compromisso com o clima, um convite não só para os fornecedores da Natura, os investidores do Itaú, mas uma inovação para convidar pequenas e médias instituições para contribuir”, conta o gerente de sustentabilidade da Natura.
Mudança efetiva
Um dos projetos citados durante o evento é de fogões ecoeficientes, realizado pelo Instituto Perene, com o apoio da Natura, para a troca de fogões à lenha. A iniciativa realizada na Chapada dos Veadeiros com o povo Kalunga já trouxe mudança para a vida de 7.880 famílias.
A troca beneficia a saúde da população, que com a queima da lenha dentro da residência, sofria com problemas respiratórios e cardíacos. Além disso, segundo Guilherme Valladares, um dos fundadores do Instituto Perene, o fogão ecoeficiente gera créditos de carbono.
Créditos de carbono
Um crédito de carbono é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa. Existem diversas maneiras de gerar créditos de carbono, como a substituição de combustíveis em fábricas, lenha de desmatamento.
Assim, a partir da diferença dos dois cenários, é calculado quanto de carbono deixou de ser emitido com essa substituição, gerando assim os créditos.
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O crédito de carbono é a moeda utilizada no mercado de carbono. Nesse mercado, empresas que possuem um nível de emissão muito alto e poucas opções para a redução podem comprar créditos de carbono para compensar suas emissões. Assim, elas indiretamente ajudam a manutenção do projeto de redução para equilibrar o nível de emissões de gases na atmosfera.
“A plataforma vai além, buscando agir nas organizações. A gente precisa mudar os hábitos, mudar o comportamento para haver essa mudança”, afirma o executivo da Natura.