O Natal está chegando e, para muitos especialistas, essa é a última chance do varejo melhorar o lucro, especialmente em tempos de economia em baixa. Os números não são muito animadores: segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Natal 2016 deverá registrar a menor taxa de crescimento do volume de vendas desde 2005 e contabilizar R$ 31,8 bilhões. Assim, é fundamental definir estratégias que barrem qualquer tipo de possível perda nesse momento.
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Exemplos? Aliado ao quadro de retração de consumo, somamos o movimento das lojas (ainda que longe dos anos de alta do varejo), produtos novos no estoque e colaboradores recém-contratados ainda sem treinamento adequado. Ao mesmo tempo, se a grade de produtos não estiver atualizada e sem revisão das condições de pagamento, podem ocorrer diversos problemas com as vendas.
Como o varejo trabalha com margens muito reduzidas, é vital investir em tecnologia para reduzir as perdas de mercadorias, oriundas de furtos internos e externos, e consequentemente, aumentar os lucros. Segundo Luiz Fernando Sambugaro, diretor de comunicação da Gunnebo Brasil, as perdas médias no mercado chegam a 2,7% sobre o faturamento das empresas.
Para evitar uma significativa redução na rentabilidade de seu negócio, a prevenção de perdas precisa ser iniciada antes das grandes datas comerciais.
Infelizmente, como acontece com as vendas, os furtos internos e externos crescem nas datas comemorativas. No gerenciamento adequado das perdas é essencial considerar o tripé tecnologia, pessoas e gestão (normas e procedimentos). A tecnologia deve ser atualizada, compatível com o nível do negócio, de origem confiável e de custo-benefício favorável ao seu empreendimento.
Por outro lado, é necessário ter bons funcionários, treinados e atualizados, alinhados com os objetivos da empresa e conscientes das potenciais perdas inerentes ao negócio para que possam contribuir com a redução. E, por fim, ter uma boa gestão, com normas e procedimentos, pois são elas que darão a direção.
A primeira coisa que se recomenda são as câmeras estrategicamente posicionadas e monitoradas pela equipe local ou através de um serviço remoto. Em seguida, do ponto de vista de inibição, as antenas eletrônicas colocadas na entrada das lojas são muito eficazes. Também é importante estar atento às outras ferramentas, como etiquetas de proteção, espelhos convexos, cadeados eletrônicos, cabos de aço, cofres inteligentes e inventário constante e mais efetivo, além da equipe treinada para lidar com as eventuais ocorrências na loja.
“Com o maior volume de pessoas e funcionários, as áreas mais críticas a serem monitoradas são, com certeza, compras, recebimento, estoque, devolução, troca de mercadorias, tesouraria, fechamento de caixa e transporte do dinheiro”, destaca Sambugaro. “A prevenção de perdas é investimento com retorno certo e cada vez mais deve fazer parte da estratégia das empresas”, finaliza.