A participação das mulheres no mercado formal cresceu em três setores do Estado de São Paulo. Foram registrados aumentos nas áreas de serviços, comércio varejista e atacadista. O período analisado pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) compreende o período entre 2007 e 2016.
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De acordo com o levantamento, a parcela de mulheres com carteira assinada no varejo subiu de 43,5% para 48,2%. Já no cenário atacadista, em 2007, as paulistas representavam 31% dos profissionais da área. Em 2016, a participação cresceu e alcançou 35,5% na área.
No setor de serviços, as paulistas viram a proporção crescer ainda mais. Elas já eram maioria há uma década, com 50,1% das carteiras assinadas. Em 2016 o indicador avançou e a proporção de homens ocupando as vagas formais da atividade diminuiu de 49,9% para 46,6%.
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Crescimento na hierarquia
Nos cargos de liderança, as mulheres ainda não atingiram maioria em nenhuma das áreas analisadas, mas houve avanço. Novamente, o setor de serviços apresenta maior participação feminina se comparado aos outros. Desta vez, nas vagas de direção, gerência e supervisão.
As empresas prestadoras de serviços tiveram 49,1% dos postos mais altos na hierarquia ocupados por mulheres em 2016. A estatística teve aumento de 3,1% se comparado aos 46% registrados em 2007. O levantamento ainda aponta que 45,6% das lideranças no varejo paulista foram exercidas por mulheres em 2016. A proporção era de 40,1% há pouco mais de uma década.
O destaque de crescimento nesta estatística fica com o atacado. Em 2007, 29,8% dos cargos de chefia nas empresas do setor foram ocupados por elas. Já em 2016, o indicador chegou a 37,1%, o que representa um aumento de 7,3 pontos percentuais.
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Consumidoras mais confiantes
Além de ocuparem mais cargos com carteira assinada no comércio de São Paulo, as paulistas também estão mais otimistas. O índice de confiança das consumidoras atingiu o maior número desde março de 2014. No último mês de fevereiro, o indicador chegou a 119,4 pontos, o que representa alta de 5,6 em relação a janeiro deste ano. Já o ICC dos homens foi de 121,7 pontos no mês passado.
A pesquisa divulgada pela FecomercioSP foi feita com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que são fornecidas pelo Ministério do Trabalho.