Ana Fontes criou a Rede Mulher Empreendedora , da qual também é presidente, há 12 anos é especialista em atender as mulheres com foco em geração da renda, especialmente no empreendedorismo. Desde então, a rede já impactou com as suas prestações de serviços mais de 9 milhões de mulheres. “Hoje, temos cerca de 1,050 milhão de mulheres dentro do ecossistema da Rede Mulher Empreendedora”, comenta Ana.
O número de mulheres sob o guarda-chuva da Rede muda diariamente e cresceu mais de 50% durante a pandemia, ou seja, nos últimos três anos. “Quem mais perdeu emprego e quem mais perdeu renda durante a pandemia foram as mulheres. O empreendedorismo não é só um caminho para elas, mas para a maioria é a única opção. Faltam emprego e apoio e a Rede ajuda essas mulheres com educação, capacitação e com foco para que elas consigam desenvolver os seus negócios e gerar renda para impactar as famílias e a educação dos filhos”.
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Perfil das mulheres empreendedoras
Segundo Ana Fontes, é muito difícil estabelecer um perfil das mulheres empreendedoras. “Somos muitas mulheres, muitas camadas. Desde as mulheres das comunidades, em vulnerabilidade social; as que saem de ambientes corporativos para empreender; mulheres maduras que não têm mais oportunidade no mercado de trabalho e olham para o empreendedorismo como uma opção para elas seguirem.”
De forma geral, são majoritamente mães, de 30 a 40 anos, que empreendem por necessidade, e encaram o empreendedorismo como forma de conseguirem manter a geração de renda. “São mulheres que empreendem nos segmentos que chamamos de áreas de conforto da mulher. Quase 70% delas empreendem na área de moda, beleza, alimentação fora de casa, serviços e estética”.
O caminho da digitalização
Recentemente, a Rede fechou uma parceria com a Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina, que potencializa e motiva mais de 90 mil empreendedores a mostrarem ao mundo do que são capazes. Com isso, Ana Fontes passou a ser a embaixadora da marca com o objetivo de desenvolver ações e soluções que capacitem e incentivem mulheres empreendedoras de todo o Brasil.
“A forma com que vamos ajudar e fomentar – eu, Ana, e a Nuvemshop – é levando conhecimento sobre as necessidades dessas mulheres sobre as dificuldades e os desafios, e a forma a Nuvemshop vai poder ajudar a solucioná-los”.
Ela cita como exemplo a digitalização como um ponto de discussão e desafio entre as mulheres. “A Nuvemshop é uma empresa que oferece um caminho para a digitalização desses negócios. Essa é só uma possibilidade dentre muitas que vamos ter que através do conhecimento do que a rede e a Ana Fontes têm sobre o empreendedorismo feminino para poder ajudar a Nuvemshop a criar, cada vez mais, soluções focadas”.
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Representatividade importa
Ana diz que as mulheres precisam ter representatividade. Afinal, só enxergamos que podemos chegar em um lugar quando vemos pessoas semelhantes. “Ter uma mulher em cargos de liderança é importante para inspirar e incentivar outras mulheres a seguirem esse caminho. Essa mulher naturalmente trará outras mulheres”.
Além disso, as mulheres têm uma visão mais inclusiva e mais diversa e elas procuram se cercar de pessoas com a mesma visão. “Quando falamos de inclusão e diversidade com foco em gênero, falamos de uma sociedade mais justa e inclusiva, mas também de uma sociedade com mais inovação. Quanto mais visões diferentes, mais construiremos soluções diferentes para a sociedade”.
Fato é que as mulheres representam a maioria da população e precisam estar representadas em ambientes de poder. “Com isso, iremos construir uma sociedade melhor”.
Um sonho
Viver em uma sociedade mais justa e inclusiva é o sonho de Ana. “Não dá para falar de gênero sem falar de raça. Se somarmos mulheres e pessoas negras no Brasil são mais de 54%. O meu sonho é que não sejamos subrepresentados, que não tenhamos direitos tirados, que sejam respeitadas as nossas vontades, que não tenhamos lugar determinado para a mulher, que ela tenha lugar onde quiser, e que caminhemos para uma sociedade mais justa e inclusiva, que não é boa só para as mulheres, mas para toda a sociedade”.
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