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Como os brasileiros moram hoje?

Como os brasileiros moram hoje?

As preferências de habitação mudaram - por desejo ou necessidade - nos últimos anos. Estudo revela expectativas sobre moradias no Brasil

“Onde” e “como” moramos são alguns dos aspectos que definem a qualidade de vida: o prazer de circular, a energia de fazer atividades, de frequentar eventos culturais e de lazer. Para entender a relação das pessoas com seus lares, a MindMiners fez um estudo que revela qual é a expectativa dos consumidores em relação a moradias no Brasil e que visa contribuir para um planejamento urbano mais adequado às necessidades da população e promover mais qualidade de vida.

Com tantas mudanças, e tão aceleradas, na sociedade nas últimas décadas – de urbanização, segurança, mobilidade, tecnologia – é preciso identificar e repensar as novas necessidades das pessoas que tornam a cidade um lar. “É fundamental que governos e empresas trabalhem juntos para oferecer soluções inovadoras que garantam o bem-estar de todos e em todos os sentidos”, indica o relatório, que apresenta as questões e as tendências em mobilidade e habitação. Confira:

Moradias no Brasil: quais as prioridades?

Alguns dos movimentos interessantes identificados pela MindMiners nos últimos anos, especialmente nos grandes centros, envolvem uma nova perspectiva sobre o sonho da casa própria.

Ainda que 7 em cada 10 pessoas entrevistadas pela MindMiners acreditem que ter uma casa própria é muito importante, e 20% não tem opinião formada. No entanto, a Geração Z é a que menos se importa com ter um imóvel em seu nome – e assumir as dívidas e burocracias que vêm junto com as chaves.

A casa própria é importante para:

  • 81% dos Baby Boomers
  • 81% da Geração X
  • 70% dos Millennials
  • 62% da Geração Z

Mas nem todo mundo consegue atingir este objetivo. Isso se deve principalmente à baixa condição financeira, conclui a MindMiners. No entanto, há outros fatores que podem influenciar na intenção de comprar um imóvel, como a idade e o estilo de vida.

O senso de propriedade mudou, assim como o tamanho dos imóveis e o tipo de convivência doméstica:

→ Moradia por assinatura

A moradia por assinatura, também conhecida como moradia on demand, foge totalmente dos padrões tradicionais de aluguel, que muitas vezes envolve grandes burocracias com fiador, comprovação de renda. O que isso significa?

O tempo de permanência é totalmente flexível: pode ser um final de semana, alguns meses ou até mesmo anos. Não há a necessidade de fiadores e o contrato pode ser assinado pela internet. Outra vantagem desse tipo de moradia é que ela já vem reformada, decorada e equipada, podendo até mesmo ter outros serviços inclusos como limpeza semanal e pay-per-view.

→ Coliving

É um nome mais contemporâneo para as tradicionais repúblicas. A diferença é que não há restrição de público e as moradias compartilhadas são administradas por empresas especializadas.

Esse modelo é indicado para quem busca economia de dinheiro e troca de experiências. Geralmente os quartos são individuais, com áreas comuns compartilhadas. Dependendo do perfil de morador, podem ter lounge com cozinha equipada, salão de jogos, lavanderia, coworking, academia e serviço de concierge.

→ Microapartamentos

No auge da pandemia a Mindminers observou a valorização por espaços com maior conforto e comodidade. Entretanto, o movimento contrário tem se fortalecido também. Microapartamentos, que não são tanto espaços de convivência e permanência, mas

Só cidade de São Paulo, a venda de moradias pequenas triplicou entre 2017 e 2021. Inclusive, segundo dados do Secovi-SP, 7 em cada 10 imóveis construídos entre janeiro e setembro de 2021, tinham até 45m².

Leia mais:
Geração Z lidera expectativa de consumo

Mais de um terço dos brasileiros atualmente vive em imóveis com entre 41 e 80 metros quadrados. 22% vivem em casas de apartamentos de 21 a 40m², 19% entre 81m² e 120m² e 10% já vivem em imóveis de até 20 metros quadrados.

Apenas 11% dos entrevistados moram sozinhos. Segundo a pesquisa, mais da metade dos que vivem com alguém (52%) dividem a moradia com cônjuge, namorado ou companheiros. 44% com os filhos, 35% com os pais e 22% com os irmãos.

Geração Z

O público mais jovem e de menor poder aquisitivo é maioria nas moradias de tamanho pequeno à médio. Por outro lado, pessoas mais velhas e com maior poder aquisitivo ocupam mais as residências de maior metragem.

6 em cada 10 preferem dividir a casa/apartamento. A geração Z aparece em destaque na preferência por morar sozinho e isso sugere algumas interpretações:

As pessoas desta faixa nasceram em um mundo muito mais digital do que as outras gerações.

Para a MindMiners, esse contato tecnológico desde muito cedo pode ter algumas implicações, como a forma de se relacionar. O uso da tela para se comunicar talvez seja mais atrativo do que ter alguém cara a cara para interagir.

Pode existir uma questão aspiracional, já que muitos ainda não saíram da casa dos pais, e por terem sempre convivido com a família, querem experimentar mais liberdade e individualidade.

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De mala e cuia

51% dos entrevistados já se mudaram de casa pelo menos uma vez na mesma cidade, 27% já mudaram de cidade e 17% de estado, enquanto apenas 22% nunca saíram de onde vivem.

27% já mudaram pelo menos cinco vezes de endereço, 22% duas vezes e 20% uma.

A necessidade de mais espaço é a razão para uma mudança para 28%, já 26% para ter mais segurança e ter uma residência melhor, e para 22% seria a compra de um imóvel próprio.

A segurança é o fator mais levado em consideração durante a procura de um imóvel, porém é o que menos motiva a mudança em si – ou seja, na prática, algumas características do novo imóvel acabam despertando maior interesse.

Ela provavelmente será o item decisivo na compra ou aluguel de um imóvel, seja lá qual for o motivo que despertou a necessidade da mudança no primeiro lugar. Após a segurança, fatores que definitivamente influenciarão na escolha de um novo lar incluem a busca por: mais espaço, luminosidade e facilidade de locomoção e acesso a serviços.

Poucas pessoas têm o desejo de morar em habitações pequenas, incluindo apartamentos. Isso se mostra ainda mais forte entre aqueles que declararam passar muito tempo em casa. Já é pré-concebido que kitnets, studios e lofts possuem tamanhos menores do que outros tipos de moradia e é justamente por isso que há um volume maior de interessados em micro espaços quando avalia-se esse formato de moradia.

Entretanto, até mesmo para quem gosta desse formato, a preferência acaba sendo por tamanhos pequenos e médios. Esse comportamento é semelhante entre quem vive no interior do país e quem vive em cidades metropolitanas: ambos os perfis recusam moradias com espaços apertados, como os menores de 20 m², deixando claro o interesse por lugares minimamente confortáveis.

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Como a pandemia de Covid-19 mudou o futuro das grandes cidades

Quando a casa também se torna o escritório

O modelo de trabalho home office se popularizou durante a pandemia. Enquanto algumas empresas aderiram 100% ao modelo mesmo após a volta à normalidade, a maioria tende pelo híbrido, com alguns dias de trabalho de casa e outros do escritório.

Ambos os formatos são vantajosos, pois possibilitam a redução de custos e de tempo, maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional, maior conforto e liberdade, entre uma série de outros benefícios

Mas a modalidade exige ajustes, que nem sempre são tão fáceis, como equipar e adaptar os ambientes domésticos, que não foram necessariamente projetados levando este cenário em consideração.

Segundo o levantamento da MindMiners, 60% dos entrevistados voltaram a trabalhar presencialmente, 20% no sistema híbrido e 20% totalmente em casa – vale ressaltar que 6 em cada 10 que responderam essa opção são autônomos.

Moradores de bairros mais afastados, como periferias e subúrbios, mostraram mais insatisfação caso precisem trabalhar presencialmente todos os dias. Os outros perfis que seguem esta insatisfação são a geração Z e pessoas que não têm filhos e trabalham no modelo híbrido.

Já quem tem filhos e faz home office apresentou um percentual menor entre os que ficariam insatisfeitos com a mudança.

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Há um alto grau de satisfação em relação ao formato de trabalho nos grupos presenciais e 100% home office. Sete em cada dez entrevistados estão satisfeitos com o modelo totalmente presencial. O percentual é ainda maior para quem trabalha em home office, 76%, e mais baixo para quem está no modelo híbrido, 56%.

No caso destes que trabalham de forma híbrida, se houvesse uma mudança para o modelo 100% presencial a insatisfação seria ainda maior (34%), o que nos leva a crer que neste perfil há um maior interesse pelo modelo 100% remoto.

Ficar em casa é considerado muito mais cômodo, confortável e prático. Não há tempo de deslocamento, barulhos, distrações ou instabilidade na internet por excesso de uso. Trabalhar em outros locais implica em custos extras com transporte e alimentação, por exemplo.

E o varejo local?

O quanto o modelo de home office afetou o varejo de conveniência, isto é, as compras realizadas no trajeto de casa para o trabalho e vice-versa? A pesquisa identificou um maior interesse em pedir delivery por pessoas adeptas ao home office em formato 100% ou híbrido, comparado àquelas que trabalham exclusivamente de forma presencial.

A tendência chega a ser de fazer pedidos entre 1 e 3 vezes por semana. Além disso, a MindMiners uma maior utilização do serviço entre aqueles que têm filhos e trabalham somente em casa.



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