John Ruskin (1919-1900), um dos mais importantes críticos de arte da era Vitoriana, certa vez disse assim: “a qualidade nunca se obtém por acaso; ela é sempre o resultado do esforço inteligente”.

A frase, admirada por personalidades como Liev Tolstoi e Mahatma Gandhi, cai como uma luva na fabricação de atomatados da Cargill, uma das maiores produtoras de tomate do Brasil. Na abordagem da multinacional, a satisfação do cliente está acima de tudo. “Reconhecemos que cada interação é uma oportunidade para fortalecer nosso relacionamento e entender melhor as necessidades de quem confia em nossos produtos”, ressalta Ana Clara Nascimento Aguiar, gerente da planta de Goiânia da Cargill. “Por meio de um atendimento personalizado, garantimos que cada feedback seja devidamente considerado e que soluções adaptadas sejam oferecidas”.

Segundo ela, a empresa investe continuamente em inovações e melhorias, visando não apenas atender, mas superar as expectativas dos consumidores. “E a prova disso está na qualidade dos nossos atomatados, um reflexo do nosso compromisso em oferecer apenas o melhor, aliando tradição e tecnologia”.

E assim, para provar a abordagem que a satisfação do cliente está acima de tudo é que a indústria, uma das maiores de alimentos do país, e por aqui desde 1965, abriu suas portas – e porteiras para que o Portal Consumidor Moderno, e outros veículos de comunicação, pudessem conhecer todo o processo de fabricação dos seus molhos e extrato de tomates.

Qualidade de tomates

Quando o assunto é molho de tomate, todo cuidado é pouco. E é dever dos consumidores se atentarem para algumas considerações que podem afetar tanto a saúde quanto a qualidade dos pratos. Em primeiro lugar, é aconselhável ler o rótulo e verificar a lista de ingredientes. Isso porque muitos molhos industrializados podem conter conservantes, corantes e aditivos químicos que, em excesso, podem ser prejudiciais.

Outro aspecto a ser observado é o teor de sódio. Muitos molhos de tomate possuem níveis elevados de sódio, que podem contribuir para hipertensão e outros problemas de saúde. Optar por molhos com baixo teor de sódio ou, ainda, fazer uma versão caseira pode ser uma alternativa mais saudável.

A embalagem também desempenha um papel importante na segurança dos molhos de tomate. Muitas vezes, esses produtos são comercializados em frascos plásticos que podem liberar substâncias nocivas, como o bisfenol A (BPA), ao entrar em contato com alimentos quentes ou ácidos. A exposição prolongada a essas substâncias também representa riscos à saúde.

Além disso, é bom que os consumidores prestem atenção à quantidade de açúcar. Afinal, alguns molhos industrializados adicionam açúcar para equilibrar a acidez do tomate, o que pode elevar a ingestão calórica e impactar negativamente a dieta.

Sabendo de todos esses reveses, e pensando em oferecer um produto cada vez mais natural, com o menor número possível de ingredientes, é que a Cargill tem se destacado pela sua excelência no cultivo e processamento deste fruto.

Produtividade + Proteção

Na ocasião, os visitantes tiveram a oportunidade de ver de perto todo o processo que envolve a produção de tomate, desde o campo até a transformação em produtos de alto valor agregado, como o Elefante, por exemplo, a marca número 1 quando o assunto é extrato de tomate.

A experiência iniciou-se em uma das 36 produções rurais que fornecem tomates para a Cargill. A conhecida “Fazenda São Braz” está situada na zona rural de Hidrolândia, há cerca de 35 quilômetros da capital Goiânia. “Estamos em um espaço de 4.700 hectares, o equivalente a 47 milhões de metros quadrados”, explicou Fernando de Souza Simão, 35 anos, proprietário da Fazenda.

Durante o tour, no dia 16 de julho, especialistas da empresa apresentaram as técnicas inovadoras utilizadas no cultivo, destacando ainda as práticas sustentáveis que visam minimizar impactos ambientais e maximizar a produtividade do tomate.

Para colocar essa área em perspectiva, podemos comparar com algumas referências conhecidas. Só para exemplificar, esse tamanho equivale a cerca de 6 mil campos de futebol profissionais, considerando um campo com dimensões padrões de cerca de 7.140 metros quadrados.

Semeadura

No Brasil, os tomates são plantados entre os meses de fevereiro e junho. Vale memorizar que o Estado de Goiás é o maior produtor de tomates do Brasil (23,6% do total). Isso se dá devido a suas condições climáticas favoráveis e solo fértil. A região possui um clima tropical, caracterizado por altas temperaturas durante o dia e uma umidade adequada, propiciando um ambiente ideal para o cultivo do fruto. Além disso, o solo goiano, predominantemente argiloso e rico em nutrientes, oferece as condições necessárias para o desenvolvimento saudável das plantas.

Antes de ser plantada na Fazenda São Braz, a semente do tomate é inicialmente germinada em viveiros, onde as conjunturas de umidade e temperatura são cuidadosamente monitoradas. Após o período de desenvolvimento inicial, as mudas são transplantadas para o solo. No local, profissionais e maquinários com tecnologia de ponta estão a postos para tratá-las da melhor forma, com práticas de manejo apropriadas e realização de análises de solo.

Durante o ciclo de crescimento, tudo é cuidadosamente monitorado para conter pragas e doenças.

Irrigação dos tomates

A irrigação desempenha um papel crucial, e os técnicos redobram a atenção para que as plantas recebam a quantidade adequada de água para um crescimento saudável. Nem mais, nem menos.

Isso porque o excesso de água pode causar problemas nas raízes, como apodrecimento ou doenças fúngicas, prejudicando o desenvolvimento da planta. Por outro lado, se o solo não for mantido levemente úmido, principalmente nos períodos de floração e frutificação, a planta pode apresentar estresse hídrico, o que compromete seu desenvolvimento e a qualidade dos frutos.

“Neste sentido, a irrigação por gotejamento é uma técnica eficiente, pois fornece água diretamente à raiz da planta, reduzindo a evaporação e o desperdício”, comentou Fernando de Souza Simão.

Plantas livres

Uma curiosidade é que na plantação do tomate para molho, as plantas ficam livres, ou seja, sem estacas, diferentemente dos tomates vendidos nas feiras e supermercados.

Essas plantas, ao serem cultivadas de forma livre, crescem em um solo enriquecido e tendem a se espalhar mais, o que permite um melhor desenvolvimento dos frutos. “O processo de cultivo livre também facilita a colheita, já que as frutas podem ser mais acessíveis”, enaltece Rafael Santana, líder de agrícola para tomates da Cargill Brasil. “Além disso, essa prática leva a um aumento na qualidade do produto final, resultando em tomates mais saborosos e com melhor textura, ideais para a produção de molhos”.

Ao evitar o estresse de amarrações e suportes nos tomates, os agricultores se beneficiam de um sistema de plantio bem mais natural. E o curioso é que, dessa forma, os frutos podem se desenvolver de acordo com suas características intrínsecas. Além disso, outra curiosidade é que o tomateiro sem estaca aumenta a circulação de ar entre as plantas, o que diminui a incidência de doenças fúngicas e pragas. Por consequência, há mais controle das ervas daninhas e doenças fúngicas. Em outras palavras, há bem menos dependência de insumos.

“As plantas livres, aliadas à irrigação por gotejamento, fazem com que os tomates se desenvolvam de maneira bem mais saudável, resultando em uma fruta mais concentrada em sabor, ideal para a produção de molhos e extratos. Além disso, a escolha de variedades de tomates que se adaptam bem a climas secos pode otimizar a colheita e garantir um rendimento satisfatório, mesmo em condições adversas”, informou Rafael.

Colheita

Após alguns meses, os tomates estão prontos para a colheita que tem início em julho e segue até outubro. Os tomates colhidos se apresentam com pouca água e muita poupa, o que o faz um produto ideal para aguentar o transporte e para molhos e extratos.

Na Fazenda São Braz, ao todo, são colhidas 32 toneladas de fruto em 45 minutos. Por dia, são 4 mil toneladas de tomate. Esses números impressionantes refletem a eficiência e a capacidade técnica da equipe envolvida na colheita.

A colheita é realizada com uma combinação de tecnologia e mão de obra qualificada, garantindo que os tomates sejam selecionados no momento ideal de maturação. Essa abordagem resulta em frutos de alta qualidade, que atendem às rigorosas exigências da Cargill.

A logística de transporte é cuidadosamente planejada para assegurar que os tomates cheguem frescos à fábrica, em Goiânia.

Na fábrica

Já na fábrica de atomatados, em Goiânia, a equipe da Cargill mostrou como se dá o processo de transformação do tomate fresco em produtos como extratos e molhos das famosas marcas Tarantella, Pomarola e Elefante. O rigoroso controle de qualidade foi um dos pontos altos da visita, evidenciando o compromisso da multinacional em garantir alimentos seguros e nutritivos aos consumidores.

Com o propósito de garantir a qualidade e segurança dos produtos, destaque ainda para a rastreabilidade, a qual começa no viveiro de mudas.

“Quando o tomate chega na fábrica, eu sei qual é o produtor, a variedade, quais os insumos foram utilizados e em que momento foram usados. Isso já é uma norma nossa, que funciona desde a época da Arisco, seguiu para Unilever e hoje Cargill”, explicou Rafael Santana.

Por sua vez, Daniel Pontes, líder de Marketing da Linha de Atomatados da Cargill Brasil, comentou sobre o crescimento da produção ano a ano, puxada, logicamente, pelo molho de tomate. “O molho de tomate tem quase 98% de penetração nos lares brasileiros e a categoria registra, em média, um crescimento na casa de 20% anual. E isso puxa, logicamente, o aumento de área que precisamos para o plantio da matéria-prima necessária para atender essa demanda crescente. Esse crescimento não apenas impulsiona a plantação, mas também requer investimentos em tecnologia e infraestrutura para garantir a qualidade e a eficiência na produção”.

Rastreabilidade

Rastreabilidade refere-se à habilidade de reunir informações sobre todas as atividades executadas ao longo do processo de produção de um produto, desde a origem da matéria-prima até a logística de entrega.

Em suma, a técnica permite que a Cargill identifique a origem das matérias-primas, monitore os processos produtivos e, caso necessário, implemente ações corretivas rapidamente.

“Com nosso sistema de rastreabilidade eficaz, é possível assegurar que os produtos Cargill atendam às regulamentações e padrões de qualidade, além de aumentar a confiança do consumidor”, destaca Ana Clara Nascimento Aguiar, gerente da planta de Goiânia da Cargill. Segundo ela, a transparência oferecida pela rastreabilidade fortalece a confiança entre as partes, pois permite que ambos verifiquem a origem dos ingredientes e a conformidade dos processos.

Por meio desse nível de visibilidade, é possível também fomentar práticas mais sustentáveis e éticas, uma vez que a rastreabilidade pode incluir informações sobre as condições de produção e o impacto ambiental.

A produção

Dentro da fábrica, pessoas e equipamentos estão envolvidos para manter um rigoroso padrão de qualidade que abrange desde a seleção dos tomates até o envase final do produto. A Cargill investe em tecnologia para garantir que apenas os melhores tomates sejam utilizados, priorizando variedades que oferecem não apenas sabor, mas também valor nutricional.

Por lá, o poder do aroma do molho de tomate, base de muitos pratos clássicos, evoca memórias afetivas. As etapas do processo do tomate in natura até o produto final incluem a lavagem, descascagem e a transformação dos tomates em extrato, a versão mais concentrada, ou molhos.

Todas as fases buscam não apenas maximizar o frescor do produto, mas também preservar as características organolépticas – que podem ser percebidas pelos sentidos humanos –, além de aroma e textura. Como em uma enorme cozinha, o processo de elaboração do molho, das instalações da fábrica, se torna quase terapêutico. “Nos atomatados de ervas, pizza ou hot dog, por exemplo, adicionamos cuidadosamente cada ingrediente”, evidenciou Ana Paula.

Depois de várias etapas, chega a hora de embalar o molho. Esse processo se dá à alta temperatura de 98 graus, fundamental para garantir a segurança alimentar e aumentar a vida útil do produto. Quando o molho de tomate é aquecido a temperaturas elevadas, automaticamente microrganismos patogênicos são eliminados. Isso não só ajuda a prevenir doenças alimentares, mas também mantém o sabor, a cor e os nutrientes do tomate.

Para a mesa do consumidor

Após esse tratamento térmico, o molho é imediatamente resfriado e armazenado em condições controladas para evitar contaminações posteriores. A escolha da embalagem, na Cargill, também é crucial; geralmente, utiliza-se vidro, plástico ou embalagens assépticas, que protegem o conteúdo da luz e de oxigênio, fatores que podem degradar o produto ao longo do tempo.

Por fim, os produtos Cargill, símbolos da culinária caseira, agora estão prontos para chegar na casa do consumidor.

Nos lares brasileiros, os cozinheiros podem utilizar ingredientes em diversas receitas, como massas e pizzas, proporcionando um sabor que remete às tradições familiares. A preparação é simples, mas exige atenção para que os sabores se integrem de maneira harmoniosa. A escolha dos ingredientes faz toda a diferença; tomates de qualidade elevam o resultado.

Além disso, a utilização de métodos sustentáveis e práticas de gestão ambiental são prioritárias na operação. Essas ações refletem o compromisso da Cargill com a sustentabilidade e a redução de desperdícios.

“A abertura das instalações para a imprensa reafirma a transparência da empresa em suas operações e a importância da comunicação com a sociedade. Ao compartilhar seu conhecimento, a Cargill busca promover suas iniciativas e sensibilizar o público para a relevância da agricultura sustentável e da indústria alimentícia responsável”. Esse é o pensamento de Eli Cardoso Lessa, gerente do grupo de tratamento de água, efluentes e resíduos da Cargill Brasil.

Meio ambiente

A Cargill implementa tecnologias avançadas de tratamento que garantem a remoção eficaz de poluentes antes da liberação da água tratada. O processo inclui etapas de pré-tratamento, filtragem e desinfecção, assegurando que os padrões ambientais sejam respeitados. Além disso, a empresa realiza monitoramentos periódicos da qualidade da água, utilizando indicadores físicos, químicos e microbiológicos.

A importância desse tratamento se reflete na preservação do ecossistema local. Nesse ínterim, destaque para a promoção da biodiversidade do rio Meia Ponte. Importante salientar que a bacia hidrográfica possui grande importância por abastecer a capital do Estado. E não é para menos, afinal, o rio passa por 39 municípios. “A água devolvida ao meio ambiente limpa e tratada é vital para a manutenção da fauna e flora da região. A ação também contribui para o abastecimento hídrico das comunidades adjacentes”, declarou Eli Cardoso Lessa.

A Cargill também se compromete com a transparência. Prova disso são os relatórios de desempenho ambiental que detalham o volume de água tratada e os resultados dos testes de qualidade. Isso reforça sua responsabilidade social e ambiental, envolvendo a comunidade e outras partes interessadas em um diálogo constante sobre práticas sustentáveis.

Por meio de parcerias estratégicas e inovação contínua, a empresa se posiciona, sim, como uma fabricante de molhos e extratos. Entretanto, ela vai além e hoje é referência em práticas agrícolas sustentáveis e gestão responsável na cadeia produtiva do tomate. Isso assegura um futuro promissor na indústria, beneficiando tanto os investidores quanto os consumidores finais. “Nossa missão é oferecer aos consumidores produtos que atendam aos padrões de excelência”, pontou Ana Clara. “Mas isso sem deixar de lado o respeito ao planeta e às comunidades que fazem parte da nossa cadeia produtiva. A sustentabilidade é a essência de nosso negócio, e estamos determinados a deixá-la como legado para as futuras gerações”.

*Fotos: Cargill.