Tempo, hoje, é a moeda de troca mais valiosa que o consumidor e as empresas têm. Serviços cada vez mais velozes são demandados, a todo tempo, enquanto a expectativa de vida cresce. Como explica Jacques Meir, diretor-executivo do Grupo Padrão, estamos cada vez mais apressados, apesar de sabermos que temos mais tempo disponível do que nunca. Durante debate realizado no Fórum Consumidor Moderno apoiado pela 99, ficou claro que a questão, porém, pode ir além: mais do que querer velocidade, queremos momentos bem vividos, horas bem gastas, minutos proveitosos. Esse é um fato que reflete na expectativa dos consumidores em relação a serviços, mas também impacta a vida do trabalhador e, consequentemente, sua produtividade. Nesse cenário, buscamos – tanto consumidores, quanto colaboradores e empresas – alternativas que facilitam o cotidiano, como uma entrega eficiente de produtos, aplicativos de streaming de música ou de vídeo ou, é claro, apps de mobilidade. A 99 surgiu dentro desse contexto e tem ocupado cada vez mais espaço dentro do cenário de mobilidade. Hélio Azevedo, head of Key Accounts da empresa, comenta que a empresa que nasceu apenas da facilitação do uso de táxis, atua, na China, até mesmo com fretamento de ônibus e gestão de semáforos, uma vez que contam com inteligência de GPS. Mas, afinal, como outras empresas estão lidando com esse cenário?
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A mudança de mindset é algo que se tornou inevitável. Prova disso é que até mesmo a Atlas Schindler, que fornece e faz manutenção de elevadores, escadas e esteiras rolantes, encontrou um meio para inovar. Diogo Babolin, gerente de Inovação da empresa, conta que estão sendo feitos contratos com coworkings para facilitar a mobilidade dos supervisores – que sempre precisam estar próximos e presentes dos clientes e antes ficavam em postos fixos. Além disso, a Atlas Schindler adotou uma parceria com a 99. “Uma mudança dessa exige que a cultura também mude”, afirma Babolin. Não por acaso, foi um grande desafio dar força à essa transformação. “Tivemos ganhos em tempo e dinheiro”, confirma. No Bradesco, o desafio também é imenso: a empresa fica principalmente em Osasco e lida com questões complexas impostas inclusive pela legislação, que controla os horários de trabalho dos bancos. “Hoje há 12 mil pessoas dentro da Cidade de Deus – como é chamada a sede do Bradesco”, conta Fernanda Freire, analista de Educação Plena da área de Recursos Humanos do Bradesco. “Ainda contamos com as agências, em todos os municípios do Brasil”. Para o transporte dos funcionários, a empresa conta com ônibus fretado. Para reuniões, tem optado pela tecnologia. Porém, após o evento, considerarão fazer parcerias com a empresa de mobilidade. No Banco Original, a gestão de tempo também tem sido discutida. Andrea de Souza Fernandes, coordenadora de Procurement & Contratos, conta que a empresa sofre com a questão da localização – uma vez que não há estacionamento perto do local, ou locais onde seja possível almoçar. Por isso, a empresa utiliza vans que fazem o transporte dos colaboradores. Com isso, perde-se muito tempo. Contudo, a questão da mobilidade não é a única que desafia as empresas nos dias de hoje. A forma como as companhias encaram temas como diversidade, propósito, sustentabilidade e valores também impacta a produtividade e o desempenho dos colaboradores. Por isso, são assuntos que precisam ser discutidos – e entraram em pauta durante o fórum. Renato Matheus, sales director da Concentrix, comenta que não há uma receita específica para garantir aumento de produtividade. Porém, a empresa apostou na criação de ambientes únicos para os colaboradores, de acordo com a contratante que ele atende. “Há questões que não mudam, como os horários para entrar e sair, mas procuramos garantir que os funcionários tenham mais acesso ao objetivo da empresa e à criação de sociedades lá dentro”, explica. Durante o fórum, foram dados mais exemplos de estratégias escolhidas pelas empresas para lidar com essas e outras questões.