Nos últimos anos, o surgimento da Inteligência Artificial (IA) se tornou um fenômeno marcante no mundo dos negócios. As empresas de tecnologia lideraram esse movimento, e aproveitaram o poder da IA para impulsionar seus lucros a maiores patamares antes inimagináveis. Desde gigantes da internet até startups inovadoras, todas perceberam o potencial lucrativo dessa tecnologia revolucionária. Como exemplo disso, podemos citar a gigante da tecnologia, Microsoft Corp., que presenciou um aumento impressionante de 33% em seus lucros do último trimestre de 2023, impulsionado por investimentos estratégicos em tecnologia de Inteligência Artificial.
Segundo a empresa, a atribuição de grande parte desse crescimento à expansão de sua unidade de computação em nuvem, onde os investimentos em Inteligência Artificial da Microsoft estão concentrados.
No último trimestre de 2023, a Microsoft registrou um lucro líquido de US$ 21,87 bilhões, ou US$ 2,93 por ação diluída. Os números alcançados superaram até mesmo as expectativas dos analistas de Wall Street, que previam US$ 2,79 por ação. A receita também surpreendeu ao atingir US$ 62,02 bilhões, que representa um aumento de 18% em relação ao ano anterior.
Com sua liderança na corrida da IA, a Microsoft está solidificando sua posição como pioneira nesse campo, afirmou Jeremy Goldman, diretor de briefings da Insider Intelligence. Goldman destacou que a IA poderia impulsionar ainda mais a participação da empresa no mercado de publicidade digital.
Embora a Microsoft preveja um crescimento de 12% em suas receitas publicitárias globais para este ano, atingindo US$ 14,93 bilhões, os analistas alertam que o Google também está expandindo seus negócios publicitários, projetando um aumento de 10% no mesmo período.
Os resultados financeiros do trimestre também refletem a recente aquisição da fabricante de videogames Activision Blizzard pela Microsoft, realizada em outubro do ano passado por US$ 69 bilhões. James Ambrose, diretor de relações com investidores da Microsoft, afirmou que essa fusão impulsionou a receita da empresa em quatro pontos percentuais, embora tenha reduzido os lucros operacionais em cerca de US$ 440 milhões, devido a ajustes contábeis e custos de integração.
Apesar dos resultados positivos, as ações da Microsoft inicialmente sofreram uma queda de quase 2% após o expediente, chegando a US$ 400,86, embora tenham se recuperado posteriormente. Analistas sugerem que essa reação inicial dos investidores pode ter sido motivada por preocupações sobre os planos de investimento agressivos da empresa.
No entanto, o segmento de negócios focado na nuvem da Microsoft apresentou um desempenho excepcional, com uma receita trimestral de US$ 25,88 bilhões, representando um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, a receita proveniente do pacote Office, do e-mail corporativo e de outras ferramentas de trabalho, incluindo a rede social LinkedIn, cresceu 13%, alcançando US$ 19,25 bilhões. O segmento de computação pessoal, liderado pelo Windows e incluindo os serviços Xbox, registrou um crescimento de 19%, totalizando US$ 16,89 bilhões, com grande parte desse aumento atribuído à inclusão da Activision Blizzard, conhecida pela série de jogos Call of Duty.
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