É quase impossível viver nos tempos contemporâneos sem ser impactado, de alguma forma, pelos inúmeros seriados que existem no mercado. Séries existem há muito tempo, claro, porém, com o advento dos streamings, principalmente da Netflix, elas realmente ganharam muita atenção nos últimos anos. Durante o Whow! Festival de Inovação, o painel “Se a sua empresa fosse uma série, qual ela seria?” deu atenção a esse nicho tão importante da atualidade.
Thais Legarra, account manager do Omelete Group e mediadora do painel, brinca que é quase impossível viver nesse mundo sem assistir a uma série. Nesse sentido, ela relaciona a importância do storytelling para as empresas. “Como aproveitar essa onda?”.
Para Matthieu Thibaudault, Diretor e Publisher do Adoro Cinema, storytelling é muito mais do que o simples fato de contar uma história, mas uma questão de organização. As empresas precisam saber o que dizer para seu público. “Uma empresa hoje começa a formatar sua estratégia pensando como quer atingir os consumidores”, diz. Vagner Anselmo Matrone, Coordenador do Curso de Rádio e Televisão da FAAP, complementa:“Hoje, nenhuma empresa consegue trabalhar sem o storytelling”.
Entendendo o público
O público é fundamental para o sucesso dessas obras. Thais lembra que a Netflix formatou um de seus grandes sucessos a partir de dados: Stranger Things. Eles perceberam que os usuários gostam de temática anos 80, que crianças dão um bom engajamento como protagonistas e pronto – um sucesso de mercado. “Eles têm esse poder e foi realmente bem formatado”, analisa.
Thibaudault lembra que existe um grande número de séries na Netflix com temas atuais, como empoderamento feminino, empoderamento gay, questões raciais. “A empresa tem uma grande capacidade de utilizar os dados, sentir as coisas e tomar boas decisões”, aponta.
Thais conta que os dados foram fundamentais para o Omelete tomar a decisão de trazer a Comic Com para o Brasil. A partir de sua pesquisa anual, a empresa percebeu como o Brasil era carente de eventos desse nicho e resolveu investir. A aposta deu muito certo.
Identificação
A mediadora questionou aos participantes se alguma série impactou algum momento de sua vida. Matrone diz como alguns personagens acabam encantando o público. “Um personagem que sempre me dá referência de comportamento – pelo que ele faz, insights que ele tem – é o House”, conta. “Eu aprendi com o House a desconstruir o problema. Se você tem um problema, tem que desmontar o problema para resolver a questão”.
Algum personagem que seria seu sócio para abrir um negócio? O especialista da FAAP lembra de Frank Underwood pela sua maneira de conduzir o pensamento. “Não pelo seu caráter”, brinca, “Porque ele ia querer meu lugar em semanas”. Para Thibaudault seria Norman Bates, de Bates Motel.
Sobre séries favoritas? Os nomes vieram aos montes: Breaking Bad, Twin Peaks, Suits, Big Bang Theory e várias outras citadas rapidamente. De fato, é um mercado em ascensão – que ainda vai trazer muitas surpresas.