Em tempos de estagnação econômica, até mesmo uma leve recuperação deve ser comemorada. Uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) divulgada nesta segunda (27) indica melhora de 0,6% no índice de intenção de consumo das famílias (ICF) paulistanas.
O resultado (110,1 pontos), referente ao intervalo do mês de outubro, demonstra que o ?pior momento parece ter passado?, nas palavras divulgadas em nota da Federação, que registrou em agosto desse ano o pior resultado para essa estatística desde que ela começou a ser mensurada. No entanto, a intenção de compra de bens e serviços das famílias da capital ainda é 12,2% menor que em outubro do ano passado, baixa acarretada, principalmente, por juros caros e inflação alta.
Mesmo registrando índice relativamente baixo, de acordo com a Fecomercio, vários elementos do ICF tiveram melhora, como a ?perspectiva de consumo?, que cresceu 4,1% contra apenas 0,4% do ?nível de consumo?. O ?emprego atual? teve aumento de 1,1% no índice, enquanto a ?perspectiva profissional?, 2,2%.
E um alerta para os varejistas de eletrodomésticos e concessionárias de veículos da região da Grande São Paulo. O único item do ICF que registrou em outubro resultado pior do que setembro foi o ?momento para duráveis?, que teve queda de -5,7%, mostrando que as famílias não deverão investir na compra de carros, geladeiras ou fogões neste período.
Já quanto à faixa de renda, a Fecomercio destacou que nos últimos 18 meses, esta é a 17ª vez que as famílias que ganham mais dinheiro estão insatisfeitas com a economia brasileira, considerando a conjuntura econômica ?desfavorável? às compras.
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