A quantidade de pagamentos digitais continua aumentando em todo o mundo, e a previsão é que o crescimento anual chegue a 10% pela primeira vez, chegando a 426,3 bilhões de transações em 2015. Em 2014, havia sido registrado o aumento recorde de 8,9%, somando 387,3 bilhões de transações.
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Os dados foram publicados pela Capgemini, empresa global de consultoria, tecnologia e terceirização, e o BNP Paribas, instituição bancária internacional.
O relatório mostra que no Brasil, o aumento do volume de transações sem o uso de dinheiro em espécie foi de 10,4% em relação ao ano anterior, alcançando 28,7 bilhões. Isso coloca o País na terceira posição entre os 10 maiores mercados.
Esse aumento foi impulsionado, principalmente, pelo forte crescimento econômico dos principais países em desenvolvimento, pelo aumento dos níveis de segurança (com a adoção de sistemas), e iniciativas do governo para incentivar os pagamentos digitais nesses mercados, já que o custo do dinheiro continua subindo.
No entanto, neste momento os bancos enfrentam uma demanda crescente por serviços de transações digitais fáceis e seguras, principalmente dos clientes corporativos, que exigem velocidade nas transações e serviços globais. Por isso, os bancos são pressionados a acelerarem os investimentos e a colaboração com outros bancos e/ou as empresas “FinTech” (startups de serviços financeiros) para reduzir o tempo das operações.
O relatório mostra que o crescimento dos pagamentos digitais ocorreu em todas as regiões, mas os maiores índices foram registrados nos mercados em desenvolvimento (16,7%). Já os mercados maduros cresceram 6,0%, apesar de serem responsáveis por 70,9% do volume global. A China superou o Reino Unido e a Coreia do Sul em termos de volume de transações digitais, pela primeira vez e assumiu a quarta posição entre os dez principais mercados do mundo, ficando atrás dos EUA, da Zona do Euro e do Brasil.
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Desde 2010, os cartões são o instrumento de pagamento digital que mais cresce, com aumento de 10,8%. Por outro lado, o uso do cheque continua diminuindo, e apresentou queda de 10,8%.
No Brasil, o volume de transações de transferência de crédito foi de 12,1%, impulsionado pela modernização dos sistemas de TI e da infraestrutura dos bancos. Os pagamentos com cheques caíram 10,2%, enquanto a realização de débitos diretos aumentou 11,9% e o uso de cartões cresceu 10,8%.
O relatório traz os desafios e oportunidades nas transações bancárias. De acordo com Jean-François Denis, responsável global adjunto de gestão de caixa do BNP Paribas, apesar de não existir mudanças nas expectativas básicas nos últimos anos: controle, visibilidade do caixa, gestão de riscos. “As empresas esperam cada vez mais que os bancos digitalizem seus processos de suporte, inclusive de gestão de contas, análise de dados (analytics), monitoramento da conformidade e detecção e prevenção a fraudes”, afirma. Por isso, os bancos precisam acelerar a adoção da transformação digital e promover uma abordagem mais colaborativa”, finaliza Denis.