Quando realiza uma compra via e-commerce, qual é o meio para acessar o produto desejado? Se a resposta for via marketplace — como funciona com as Lojas Americanas, Magazine Luiza, Amazon, Shopee, Mercado Livre ou outras —, saiba que você faz parte dos 86% dos brasileiros que reconhecem esse espaço como a forma mais conveniente de consumir nos dias atuais.
É o que mostra a pesquisa “Cenário da Adoção do Marketplace Online”, eu estudo global realizada pela Mirakl, plataforma SaaS de marketplace corporativo. A alta porcentagem reflete também o sucesso dessas plataformas em nível nacional: nove a cada 10 entrevistados brasileiros afirmaram preferir e-commerces que tenham marketplaces, a maior amostragem entre todos os países estudados.
“Os dados mostram que consumidores de todos os lugares veem que os marketplaces atendem melhor suas necessidades. Essa crença é mais forte no Brasil do que em qualquer outro lugar”, salienta Adrien Nussenbaum, cofundador e co-CEO da Mirakl.
A forte presença do marketplace no Brasil
Segundo o estudo, a presença de compra e venda em marketplaces por aqui tem crescido ao longo dos anos, com um destaque maior para os anos da pandemia — e acompanha o expressivo crescimento do e-commerce —: 41% dos entrevistados brasileiros afirmaram que compravam exclusivamente em marketplaces em 2019, porcentagem que saltou para 68% em 2020 e 71% em 2021. Em comparação global, o aumento foi superior ao dobro da média do resto do mundo.
Em uma análise dos números do e-commerce nacional, a Mirakl constatou que quase metade (48%) das compras online acontecem em marketplaces e 71% dos consumidores informou um aumento de frequência de consumo nesses espaços nos últimos 12 meses. Entre os entrevistados 58% esperam usar ainda mais essas plataformas no futuro.
A pesquisa é um grande reflexo de empresas gigantes de marketplace que têm ganhado muito destaque no País. Para se ter ideia, somente no terceiro trimestre de 2021, a Magazine Luiza conquistou um lucro de R$ 22,6 milhões, com compras no e-commerce atingindo um total R$ 10 bilhões. No primeiro trimestre do ano passado, as Lojas Americanas apresentaram resultado líquido de R$ 254,7 mi, com receita de vendas e serviços de R$ 6,917 bilhões no segundo trimestre, um avanço de 46,1%. E essas não são as únicas corporações do ramo que estão em crescimento, o mesmo ocorre com outros marktplaces diversos, a ver pelo sucesso da Natura, Casas Bahia, Ponto Frio, entre outros.
“Com 58% dos brasileiros esperando aumentar seu uso de marketplaces em 2022 e nos próximos anos, o número de varejistas lançando marketplaces vai continuar a crescer, impulsionado pela popularidade tanto com consumidores quanto com lojistas. Todo varejista no Brasil precisa estar explorando esse modelo de negócio inovador se quiser ser bem-sucedido no futuro”, salienta Nussenbaum.
Qual o motivo da preferência?
Há uma série de razões pelas quais os brasileiros acabam preferindo consumir por marketplaces ao invés de ir ao tradicional e-commerce. Mas os principais entre eles são a segurança de ressarcimento em caso de problemas com a entrega ou o produto, a estima da empresa e mais avaliações de outros usuários.
O estudo aponta que os power shoppers — aqueles que realizam compras online pelo menos uma vez na semana ou mais — brasileiros de marketplaces também são mais volumosos em comparação à média global: 60% no Brasil, 48% para o consumidor médio e 42% para a média global.
E vale destacar que 90% dos power shoppers brasileiros também desejam que mais dos seus varejistas preferidos vendessem em marketplaces, um forte indicativo de mercado.
Ao todo, o estudo entrevistou 9 mil consumidores em nove países: Austrália, Brasil, França, Alemanha, Itália, Singapura, Espanha, Reino Unidos e Estados Unidos. A pesquisa foi conduzida em outubro de 2021 por Schlesinger Group, uma companhia independente de pesquisa.