Com os consumidores em casa evitando ao máximo o contato com outras pessoas, os varejistas se viram forçado a repensar suas políticas de troca e devolução. Lojas brasileiras e internacionais estão estendendo prazos para incentivar os consumidores a respeitarem o isolamento social.
Magazine Luiza, Dafiti e Zattini estão entre as lojas que afrouxaram as regras para troca e devolução no Brasil. As marcas subiram o prazo de 30 para 60 dias.
Nos Estados Unidos, gigantes como Target, Kohl’s e Amazon anunciaram que vão aceitar trocar e devoluções mesmo depois que o prazo limite tiver terminado.
No final de março, a Target anunciou que não aceitaria devoluções e trocas nas lojas em abril, mas o CEO da rede, Brian Cornell, tranquilizou os clientes: “se você tem um produto cujo prazo para retorno expira nesse mês, vamos estender para até três semanas após o período de espera”.
180 + 30
A loja de departamentos Kohl’s também mudou sua política de devolução, que já é flexível. Normalmente, os consumidores têm 180 dias para devolver um produto, mas a empresa anunciou recentemente que concederá mais 30 dias após a reabertura das lojas, mesmo que isso esteja fora da janela de 180 dias.
De acordo com dados das consultorias Narvar e Forrester, 40% dos varejistas norte-americanos já fizeram uma pausa na coleta de produtos para troca ou devolução. Cerca de 27% ainda estavam considerando fazer ajustes em suas políticas e um terço (33%) dos lojistas afirmou que não pretendem flexibilizar as regras para devolução.
A Pegaki, startup de logística que conecta e-commerces ao varejo físico para entrega de mercadorias, prorrogou o prazo de retirada dos produtos de 7 para 30 dias por causa da pandemia do novo coronavírus.
Segudo dados da Narvar e Forrester, 40% dos varejistas norte-americanos já fizeram uma pausa na coleta de produtos para troca ou devolução.
A startup tem grandes clientes, como Carrefour, Dafiti, Wine, Mundo Verde e Shopping Metrô Tucuruvi, em São Paulo.
“Nesse momento, nossa maior preocupação é com a saúde de todos. Por isso alinhamos com nossos parceiros e viabilizamos esse aumento no prazo de entrega das mercadorias. Fizemos isso até mesmo para que os clientes de e-commerce fiquem tranquilos e saibam que suas compras estão bem guardadas e seguras. Se precisar aumentar o prazo, nós vamos aumentar”, afirma João Cristofoini, CEO e fundador da Pegaki.
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