Com quantos dispositivos e desenvolvimentos tecnológicos você já interagiu hoje? Em uma conta rápida, somente no dia de hoje já estive em contato com 15 aparelhos diferentes, sem contar a parte do software contida neles que permite o funcionamento e as transações. Não parece um número tão grande, a princípio, mas o impacto é muito significativo, não só para o decorrer do meu dia, mas para o funcionamento dos negócios.
No Brasil, um forte indicativo disso foi a grande expansão do e-commerce em 2021, que foi de 26,9%, chegando a R$ 161 bilhões de faturamento, segundo a Neotrust. Em resumo, a tecnologia não está apenas no celular que nos desperta todas as manhãs, mas também no cerne das operações que permitem às empresas seguir operando sem interrupções e isso impacta diretamente nas finanças.
Agora, vamos voltar aos aparelhos: quantos celulares você tem? Com que frequência você usa softwares bancários e/ou visita um caixa eletrônico?
Como usuários, somos exigentes, gostamos de serviços ininterruptos, imediatismo, disponibilidade ilimitada de produtos e serviços. Agora imagine esse cenário em um ecossistema de negócios e o impacto gerado em caso de falha de uma peça ou um equipamento.
Assine nossa newsletter e fique atualizado sobre as principais notícias da experiência do cliente
Estamos presentes em 10 estados no Brasil e fazemos a cobertura de todo o território brasileiro. São 7 armazéns centrais e mais 13 postos avançados que permitem que milhares de empresas mantenham suas operações funcionando. De acordo com a consultoria Gartner, o investimento mundial em tecnologia neste ano está estimado em 842 milhões de dólares em equipamentos e mais de 1.265 milhões de dólares em serviços de tecnologia, entre outros itens. E esse montante investido visa basicamente evitar falhas de operação e, sobretudo, preservar a confiança e cumprir os requisitos do usuário final.
Sem dúvida, a tecnologia está tão integrada ao nosso cotidiano que parece um commodity, mas quando algo falha, torna-se uma questão crítica que pode interromper nosso dia e nossos negócios, e em casos mais extremos, pode prejudicar as operações do cliente.
Por isso, é importante ter um plano estratégico e operacional para manter a continuidade dos negócios, fornecendo respostas rápidas e eficazes para solucionar eventuais imprevistos e evitar impactos financeiros. Neste plano estratégico, uma área essencial é a logística, pois com um serviço de missão crítica, a peça ou o produto pode ser fornecido no local certo, na hora certa e sem tempos de espera que acabam por ser quantificados e questionados pela área financeira.
As empresas que operam serviços de campo com uso intensivo de ativos e mantêm alto investimento em peças de reposição devem considerar seriamente a implementação de estratégias inteligentes e eficientes para gestão das taxas de agilidade, tempos de ciclo, taxas de reposição (fill rate) de estoque, tempos de reparo e rotatividade de estoque por ano.
São necessários princípios de excelência para gerenciar esses aspectos. No Brasil, soma-se ainda aspectos de segurança patrimonial, infraestrutura pouco desenvolvida e disrupções na cadeia de suprimentos que ainda persistem. É importante lembrar também que muitas peças ainda são importadas, inclusive muitas vezes de países distantes, o que exige ainda mais cuidados.
Para atingir esses níveis de serviço, como especialista em logística de serviços críticos, percebi que os pontos chaves são: confiança e visibilidade. Por exemplo, nossos clientes conhecem e têm acesso à tecnologia da DHL Supply Chain, que proporciona flexibilidade e visibilidade em tempo real sobre o estoque em primeira instância e, portanto, rastreabilidade para responder às demandas dinâmicas da operação. Além desses dois elementos, a flexibilidade permite a inclusão de serviços de diagnóstico e configuração para que os tempos de resposta em caso de crise sejam ainda menores.
Se em nossa vida pessoal a tecnologia desempenha um papel crítico que exige alta disponibilidade, por que não garantir que a continuidade seja também uma obrigação nos negócios?
* Dilson Gavazza é Head de Service Logistics da DHL Supply Chain na América Latina.
+ Notícias
Femtechs inovam, mas ainda são fatia pequena do mercado
De dados a decisões: como utilizar KPIs de forma estratégica