“Eu sou contraditória, complexa. Trabalho com o erro, a falha, o fracasso. Eu fracassei, sou o fracasso de tudo aquilo que esperavam que eu fosse. Não sou homem, nem sou mulher, sou travesti”. A fala de Lina Pereira dos Santos, mais conhecida pelo nome artístico Linn da Quebrada, reflete bem a mais nova participante do Big Brother Brasil 2022: uma pessoa muito segura de si e disposta a espalhar sua palavra e todo o contexto da comunidade transexual Brasil afora.
No entanto, definições a parte, a Linn traz um comportamento muito valorizado por consumidores muito visados pelas empresas de hoje: faz parte dos Millennials (Geração Y) e Z-lennials — o grupo do meio termo entre as gerações. E entender por que os princípios éticos e sociais são tão caros a esse público é um caminho inteligente para compreendê-los em sua totalidade.
Estamos falando de um público que foi o combustível da mudança e que pegou alguns aspectos de gerações passadas e começou a questioná-los — leia-se sem o megafone chamado internet. E é por isso que pessoas como a Linn são tão importantes e refletem tão bem alguns de seus anseios.
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Linn e o questionamento dito ao vivo e em cores
Se tem algo que a Linn reforça e conquista entre os Millennials é justamente algo que a Geração Z já faz muito bem, a comunicação. Linn não tem medo de falar o que pensa, de se expor dentro da casa e peitar quem julgar necessário. Eis aí algo que é muito precioso para a Geração Y: essa possibilidade de se abrir, de falar e questionar os padrões, porque ainda é uma adaptação e ainda há sede para aprender.
Se impor e se colocar nos lugares é algo muito importante para essa geração. E o espaço do Big Brother Brasil abre alas a muitos questionamentos e aprendizagens, como foi possível perceber nos inúmeros diálogos que a participante teve com as demais pessoas da casa.
De forma um tanto quanto didática e questionadora, Linn também encontrou um espaço para marcar seus ideais dentro do programa, sabendo o potencial de alcance que o reality promove. Ou seja, ela não apenas se impõe, como também é uma presença constante de diversidade e representatividade no BBB — lembrando que a participante é a primeira travesti a participar do programa.
Uma forma de se conectar aos Millennials
A nova geração, assim como Linn, está buscando por um espaço para se impor. E as empresas também são um lugar para promover essa representatividade e reconhecimento: os Millennials querem ser ouvidos e compreendidos em suas escolhas e comportamentos.
E essa falta de destaque, até mesmo pelas empresas, acontece muitas vezes e principalmente por toda a atenção voltada à GenZ: a geração mais nova está no cerne da discussão, mesmo que ainda tenha pouca idade e poder aquisitivo para consumir, ao passo que os Millennials acabaram de conquistar um patamar maior de consumo.
Da mesma forma como faz a Linn, essa geração quer combater preconceitos, está atenta ao posicionamento — sobretudo de responsabilidade social — por parte das empresas. Isso implica dizer que estão mais focados na diversidade, são mais questionadores, mais maduros. Então a dica é justamente observar mais o perfil da travesti para entender se o atendimento é mesmo mais inclusivo e diverso e quais são as dores desses consumidores que não estão sendo ouvidas.
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