Qual foi a última vez que você anotou o telefone fixo da casa de alguém? A pergunta é boba, mas traz um fato: cada vez menos brasileiros optam pela linha fixa. No mundo digital, os dispositivos móveis estão ganhando o espaço e se tornando o meio de comunicação mais comum. É o que apontam os dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) este mês. Segundo o levantamento, em 2017, havia um total de 40,8 milhões de linhas em operação. Isso representa, na comparação com 2016, uma redução de 1,2 milhão de linhas (-2,96%).
Já faz alguns anos que o número de linhas de telefone fixo está caindo. Em 2016, o ano fechou com 41,8 milhões a menos. Para se ter uma ideia, o número atual de linhas de celular ativas no Brasil é de 236,5 milhões. Isso porque o número também caiu: o ano registrou perda de 8 milhões de linhas (-3,11%), puxado pela redução de usuários com modelo pré-pago.
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Em dezembro de 2017, as empresas autorizadas do serviço de telefonia fixa registraram 17,1 milhões de linhas fixas e as concessionárias 23,6 milhões de linhas. No ano, as autorizadas perderam 134,7 mil linhas (-0,11%) e as concessionárias apresentaram queda de 1,1 milhão de unidades (-4,48 %).
Cenário
No ano passado, o crescimento entre as autorizadas de telefonia fixa (empresas mais novas, que passaram a atuar depois das privatizações realizadas no setor em 1998) foi liderado pela Algar Telecom. A empresa registrou aumento de 85,8 mil linhas (+34,47%), seguida da Vivo, com 11,6 mil (+0,24%), e da Oi, com 3,3 mil (+2,06%). A maiores reduções ocorreram na Claro, queda de 249,2 mil (-2,24%), na Tim, menos 9,6 mil (-1,4%), e na Cabo, menos 0,4 mil (-1,04%).
Dentre as concessionárias, em dezembro do ano passado quando comparado ao mesmo mês de 2016, apresentaram crescimento: a Algar com 22,5 mil unidades (+3,07%) e a Claro com 0,1 mil (+7,06%). As maiores reduções foram registradas na Oi com 837,3 mil linhas a menos (-5,91%) e na Vivo, com menos 291,4 mil (-3,01%).
Os estados que mais perderam linhas de telefonia fixa no ano passado foram São Paulo, redução de 412,0 mil linhas (-2,61%) ; Rio de Janeiro, perda de 330,9 mil (-6,46%), e Minas Gerais, menos 109,3 mil (-2,74%). Apenas três estados apresentaram crescimento. Santa Catarina, com 20,4 mil linhas fixas (+1,22%); Paraná, aumento de 7,8 mil (+0,27%), e Acre, com mais 0,2 mil linhas (+0,24%).