Dados sociodemográficos mundo afora expõem desvantagens do gênero feminino em relação ao masculino no mercado de trabalho. No Brasil, o caminho à direção de um negócio é claramente mais difícil a elas. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres chegam a ocupar de 24% a 27% menos cargos gerenciais que os homens, dependendo de sua cor. Mas ainda que muito precise ser feito para que as mulheres sejam reconhecidas e respeitadas por igual, diversas lideranças femininas se destacam por ativamente promovem a diferença positiva no mercado.
O efeito de anos de conscientização promovido por inúmeras lideranças femininas aparece no dia a dia. No varejo, por exemplo, grandes empresas brasileiras contam com mulheres em cargos de gerência e direção. Na Via Varejo, o posto de diretora de e-commerce é ocupado por Josiane Terra, enquanto Silvana Balbo é a direção do marketing do Carrefour. Claro que não se pode deixar de mencionar Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, que no momento encabeça um grande movimento a favor da vacinação contra a Covid-19 no País.
Também é imprescindível citar é a CEO do UBS, Sylvia Coutinho, que é presidente do grupo no Brasil desde 2013 e head da área de gestão de patrimônio para a América Latina desde 2018.
Financeiro e tecnológico
O Brasil também tem conhecido mais destaques de outros setores produtivos, e aprendido mais com nomes já populares. Ainda que não seja preciso andar mais que alguns metros para encontrar grandes exemplos de mulheres que desafiaram opressões ao seu desenvolvimento profissional, vale citar algumas dos setores financeiro e tecnológico, onde há um predomínio cultural de homens.
Uma delas é a CEO do Movimento Black Money & D’Black Bank, Nina Silva, executiva de inovação e tecnologia é uma das maiores influenciadoras de afrodescendentes do mundo. Colunista do MIT Sloan Review e executiva de TI há mais de 17 anos, Nina Silva certamente inspira mulheres que trilham carreiras profissionais no setor onde as mulheres são apenas 20%, de acordo com o IBGE.
Outro destaque no setor financeiro é a cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, que é a brasileira presente na revista Fortune’s 40 Under 40.
Ainda que muitas pessoas e empresas perceberam a importância (óbvia) da igualdade de gênero, muitas marcas ainda dedicam pouca atenção à questão. Fundadora da agência de publicidade focada em conexão emocional Think Eva, Nana Lima se dedica à relação entre as marcas e as mulheres de maneira responsável e humana. Líder educacional da ONG Think Olga, Lima empodera mulheres também por meio da disseminação da informação, dando tanto exemplo quanto esperança para um futuro mais justo.
As mulheres estão de fato se mostrando mais para o mercado – e têm tudo para ganhar cada vez mais espaço. Um estudo do Distrito mostra de 4,7% dos ecossistemas de startups do Brasil foram fundados exclusivamente por mulheres. Outra pesquisa, da Kantar, mostra que o número de mulheres em cargos de liderança dobrou nos últimos anos – sendo que 41% dos consumidores se sentem muito confortáveis em ter uma mulher CEO de uma empresa.
As que estão exercendo papel de liderança com maestria hoje servem de exemplo e inspiração para um futuro mais igualitário dentro do mercado de trabalho.
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