O ser humano adora polarizar determinados pontos de vista. Temos o céu e o inferno. Gostamos do Corinthians ou do Palmeiras. Preferimos o partido de esquerda ou o da direita. A tecnologia também possui esse dualismo: ser ou não ser digital. O fato é que vivemos um movimento irreversível, mas que as pessoas podem ou não fazer parte desse processo. E, infelizmente, para alguns, optar por um ou outro mundo pode ser um fator de inclusão ou exclusão social.
É o que o doutor em comunicação e palestrante, Dado Schneider, chamou de “pororoca digital”. Mas o que é isso?
Dado trabalhou como publicitário em diversas agências e empresas. Talvez um dos mais célebres trabalhos foi o de criação da marca Claro (sim, a empresa de telecomunicações). Hoje, ele é um dos principais colaboradores da Campus Party – e, claro, uma das grandes estrelas.
No evento, ele falou sobre o seu principal objeto de estudo: as novas tecnologias. Por ser um aficionado sobre o assunto, ele não tem dúvidas: vivemos uma era de transição (e até conflitos) entre pessoas que querem ser digitais e outras que não querem ouvir falar no assunto.
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“Vivemos em mundo conectado e desconectado. No entanto, o que está ocorrendo é uma troca de galáxias. Muitas pessoas foram moldadas com o pensamento do século XX e convivem com aquelas conhecidas como nativas digitais. No entanto, o mundo será digital. Assim, como ficam os desconectados?”, provocou Schneider.
O “chutômetro técnico” de Schneider diz que esse conflito entre dois mundos deve terminar em 10 ou 15 anos. “Vivemos pouco mais de 20 anos na era da internet. Teremos mais 10, 15 ou até 20 anos, dependendo da região. Depois disso o mundo será totalmente digital”, afirma.