Seja para pedir uma pizza, agendar uma consulta ou chamar um carro particular para não chegar atrasado em um compromisso, os aplicativos resolvem parte considerável das demandas de quem entrou na engrenagem das grandes cidades.
Com essa perspectiva cada vez mais constante de digitalização dos processos, um novo horizonte se desenha na relação entre cidade e cidadão. Para Eduardo Peixoto, mestre em comunicação de dados com distinção pela Technical University of Eindhoven-Holanda e pós MBA pela Kellog School of Management (EUA), um novo conceito de cidade pode ser constituído com o fortalecimento do uso de internet das coisas.
O especialista vai integrar o painel “A Construção das Cidades do Futuro do Brasil Começa Pelo Básico” que integram a programação do Festival Whow. “A entrada da internet das coisas e a difusão de informações vão melhorar a monitoração de vários aspectos sociais. Imagine se deixarmos de usar o carro de forma individual? Situações mostram que é possível reduzir consideravelmente o número de carros das ruas e dar a mesma qualidade de transporte. Quando falamos nessa redução, é possível imaginar que teríamos muito mais espaço para hospitais, praças e outros equipamentos importantes”, explica.
Bons exemplos
Algumas metrópoles já estão na dianteira no processo de criação de políticas públicas que fortaleçam essa consciência de espaço compartilhado. Peixoto destaca boas iniciativas que estão em processo de afirmação em territórios da Europa. “Londres e Amsterdã são exemplos onde você não consegue manter um carro individual em algumas áreas urbanas. Há uma série de medidas direcionadoras que fazem com que o cidadão não pense em soluções individualizadas”, conclui.