Neste mês de janeiro a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou queda de 35,3% em relação a janeiro de 2015, ficando abaixo dos 100 pontos numa escala de 0 a 200. A CNC destaca que o baixo nível indica uma percepção de insatisfação com as condições correntes.
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Todos os componentes da ICF registraram queda, sendo a maior no que mede o momento para a compra de bens duráveis, que registrou 48,5 pontos ? um recuo de 50,1% em relação a janeiro de 2015.
A maior parte das famílias, 72,9%, considera o momento desfavorável para a aquisição de duráveis. O componente Nível de consumo atual é o segundo subíndice mais baixo do estudo, com 55,3 pontos ? queda de 45,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
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Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC, disse em nota que a ICF está em nível bastante baixo em termos históricos e com tendência de queda quando observado em médias móveis trimestrais. Desde maio de 2015, o índice permanece abaixo dos 100 pontos, indicando uma percepção de insatisfação com a situação atual.
Para a CNC, o cenário atual e dos meses anteriores foram marcados pela deterioração nas vendas do comércio. No acumulado dos 11 primeiros meses de 2015, foram fechadas 945 mil vagas formais de trabalho, de acordo com o Ministério do Trabalho. Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia, a previsão da CNC é que o volume de vendas do varejo apresente retração de 3,7% em 2016.
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