A intenção de consumo das famílias caiu 38,2% em outubro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo indicador divulgado hoje (27) pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Com a queda, a intenção de compra chegou a 68,1 pontos – o menor nível da história do indicador, iniciado em 2010.
O índice varia de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos significa insatisfação e acima de cem pontos representa satisfação em relação às condições de consumo.
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Com o recuo de outubro, o indicador registra um ano de queda. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, “com o orçamento apertado, as famílias seguem priorizando o consumo de bens básicos e essenciais (como alimentação e higiene), e os produtos supérfluos de valor mais alto e que precisam de financiamento são colocados em segundo plano”.
Os sete índices que formam o indicador de consumo das famílias apresentaram pontuação abaixo dos cem pontos em outubro, com destaque para Acesso a crédito, que atingiu 70,3 pontos. Já os itens Nível de consumo atual e Perspectiva de consumo atingiram pontuação de 44,4 e de 48,2 pontos, respectivamente.
Já o item Momento para duráveis atingiu 43,9 pontos – a pontuação mais baixa entre todos os itens analisados. Isso significa que 76% das famílias consideram um mau momento para aquisição de bens duráveis.
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Apesar de estarem no patamar de insatisfação (abaixo dos cem pontos), os itens relacionados ao emprego foram os mais bem avaliados em outubro. Emprego atual caiu chegou a 94,3 pontos. Já Perspectiva profissional alcançou uma pontuação de 94,4 pontos.
Para a FecomercioSP, a expectativa é de uma continuidade de aumento de desemprego, inflação ainda mais pressionada e juros subindo, fatores que influenciam diretamente na decisão de compra dos consumidores. Assim, mesmo pessoas empregadas e com salários garantidos têm receio de comprometer suas rendas.