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A influência da boa alimentação no bem-estar

A influência da boa alimentação no bem-estar

O consumo de alimentos saudáveis de maneira equilibrada auxilia na produtividade e reduz risco de problemas como insônia, taquicardia e ansiedade

Se você não está tendo a produtividade que gostaria, tem sofrido com a insônia, apresenta excesso de sonolência, indisposição, tem quadros de ansiedade e até mesmo taquicardia, o problema pode estar em sua alimentação. Isso porque a boa alimentação tem influência direta no bem-estar.

Do mesmo modo, o consumo exagerado de alimentos ultraprocessados, industrializados ou nutricionalmente desequilibrados pode trazer prejuízos para o corpo, afetando o perfeito funcionamento de órgãos como os rins, fígado, coração e até o cérebro. É preciso atenção.

Boa alimentação é combustível que mantém o corpo em perfeito funcionamento

Imagine um carro novo, sem problemas, que tem como recomendação em seu manual o abastecimento com um determinado tipo de combustível. Seu proprietário, porém, contraria as indicações e tem o hábito de abastecer o carro frequentemente com combustível não recomendado. Agora responda: em médio ou longo prazo, quais são as possíveis consequências?

  1.  O carro pode apresentar problemas de desempenho.
  2. O carro pode apresentar problemas em outras engrenagens, não necessariamente ligadas ao combustível.
  3. A vida útil do carro pode diminuir.
  4. Todas as alternativas anteriores.

Não é preciso entender muito de mecânica para chegar à conclusão de que a última alternativa é a correta, afinal, contrariar as recomendações do manual de instruções, ainda mais de modo frequente, não é indicado e pode trazer problemas sérios.

Quando o assunto é alimentação, o corpo humano é o carro e os alimentos são o combustível. Neste sentido, a boa alimentação é fundamental funcionamento dessa engrenagem perfeita e harmoniosa. É o que explica a nutricionista Maria Grossi Machado, professora universitária do Unisagrado e que tem mestrado em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

“Uma alimentação realizada de forma parcimoniosa, equilibrada e com consciência, contendo todos os nutrientes importantes no dia – carboidratos, proteínas, lipídios e vitaminas – fornece ao organismo a energia e os nutrientes antioxidantes necessários para que as células sejam capazes de produzir substâncias que favorecem o cérebro, a formação de hormônios, a produção de enzimas… Nesse sentido, a boa alimentação contribui para manter o organismo funcionando como uma engenhoca perfeita, harmoniosa”, explica a nutricionista.

Entre os exemplos, Maria Grossi Machado cita o fígado. De acordo com ela, a boa alimentação permite que o órgão trabalhe de maneira adequada, produzindo sinalizadores, proteínas, colesterol, triglicérides e todos os hormônios e vitaminas necessários para o bem-estar de forma regulada.

“Da mesma forma, o rim vai filtrar corretamente o sangue e a urina. O coração vai bater de forma adequada, porque o sangue está com as células ideais. Os ossos vão estar saudáveis, uma vez que terão a quantidade de cálcio e vitamina D necessários. O que eu quero dizer é que quando o corpo tem o combustível adequado, ele anda. Não falha”, conclui a professora universitária.

A má alimentação, porém, tem o efeito reverso. O consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em substâncias químicas e aditivos pode prejudicar a saúde e o bem-estar, tendo impactos diretos no funcionamento do organismo.

“Alimentos artificiais, com excesso de açúcar e de gordura, extremamente ricos em sódio, corantes e adoçantes, quando consumidos em excesso, provocam sobrecarga corporal. Nosso corpo sabe que esse ‘combustível’ é um elemento estranho, diferente do que ele precisa. Com isso, o funcionamento do fígado, a geração de energia, a produção de hormônios, colesterol, triglicérides, enfim, tudo fica desregulado”, explica a mestre em Nutrição e Saúde pela UFG, que alerta: “Quando a gente abastece nosso corpo com um combustível danoso, ele pode até andar no início. Mas depois ele quebra, e quebra cedo”, compara.

A nutricionista Maria Grossi Machado destaca ainda que a relação entre má alimentação e prejuízos à saúde não é algo instantâneo, que dê sinais de alerta em curto prazo. Da mesma forma, a boa alimentação deve ser frequente e rotineira para se manter o bem-estar.

“Aqui, também vale a comparação com o carro. O combustível adequado tem que ser colocado rotineiramente e o carro tem que ser cuidado sempre, passar por todas as revisões”, orienta.

Os impactos da boa alimentação no dia a dia

Pode não parecer, mas alimentação também é matemática. E no caso da relação entre boa alimentação e bem-estar, a conta é bastante simples: ao consumir alimentos naturais, frescos, preferencialmente orgânicos e em quantidade equilibrada, a produção de hormônios relativos ao bem-estar, como dopamina, serotonina e endorfina é ampliada. O resultado é mais disposição, menos sonolência, mais vida ativa e aumento na produtividade, entre outros benefícios.

“Por outro lado, quando nos alimentamos com excesso de açúcar, de gordura, de aditivos químicos, dificultamos o trabalho do nosso corpo, atrapalhando a digestão e o processo de absorção dos alimentos e impedindo a formação de hormônios de bem-estar. Em contraponto, começamos a produzir hormônios como cortisol e adrenalina, que nos deixam com uma sensação de alarme permanente, provocam cansaço e podem causar até mesmo ansiedade, taquicardia e insônia”, explica a nutricionista Maria Grossi Machado.

Porém, a professora faz uma ressalva: é importante diferenciar alimentação balanceada de alimentação transtornada ou ortoréxica.

“Alimentação ortoréxica é um novo conceito, que vem ao encontro daquela alimentação extremamente regrada, em que o indivíduo se priva de consumir qualquer tipo de alimento que é taxado como ruim para a saúde. Isso também não é saudável”, destaca.

Segundo a nutricionista, uma alimentação equilibrada é aquela que tem predominância de ingestão de alimentos saudáveis de forma rotineira, não impedindo, ocasionalmente, o consumo de alimentos rotulados como não saudáveis.

“Para a alimentação ser considerada balanceada é preciso haver, diariamente, o consumo de pelo menos duas frutas; três tipos de verduras e legumes; leites e laticínios magros; óleos que são bons para saúde (como azeite extravirgem); oleaginosas (como castanhas e amendoins); cereais preferencialmente integrais (como pães e arroz, que são fonte de energia) e, para quem não é vegetariano, também é indicado o consumo de carnes magras, em pequenas quantidades”, enumera Maria Grossi Machado.

Além disso, a nutricionista destaca a importância do consumo de dois a três litros de água diariamente e a prática de atividades físicas por pelo menos 30 minutos.

Como manter a boa alimentação no home office

Por conta da pandemia, muitas pessoas passaram a trabalhar de casa, adotando o modelo home office. Porém, para alguns, esta mudança representa um desafio extra para manter a boa alimentação e os hábitos saudáveis.

As facilidades apresentadas pelos alimentos industrializados e ultraprocessados, a falta de tempo para cozinhar, a redução nas idas aos supermercados e o uso recorrente de delivery de comida são alguns hábitos recorrentes do trabalho remoto que dificultam o consumo de alimentos saudáveis.

“Muitas vezes estamos dentro de casa, focados no trabalho e impossibilitados de irmos ao supermercado. Então, optamos pela refeição delivery, que normalmente é mais calórica, menos equilibrada. Porém, pesquisas indicam que a má alimentação – que geralmente é mais prática e rápida – associada ao sedentarismo resultou no aumento de peso de forma importante em parte da população brasileira nestes meses de pandemia”, alerta Maria Grossi Machado.

Para fugir da tentação de se alimentar de maneira errada frequentemente, a nutricionista orienta a realização do planejamento das refeições.

O primeiro passo, de acordo com ela, é a elaboração de uma lista de compras, que deve otimizar as idas ao supermercado e ainda garantir a compra de alimentos para um determinado período. Esta lista deve conter de dois a três tipos de vegetais, sendo um folhoso, como alface, rúcula, acelga e agrião; um colorido, como cenoura, beterraba ou abóbora cabotiã; e outro que possa ser refogado, como abobrinha, berinjela ou chuchu.

“Quando chegar em casa, já tire um tempo para higienizar e preparar tudo. Assim facilita na hora de consumir”, orienta a mestre em nutrição e saúde pela UFG.

Deixar arroz, feijão e carnes prontas e congeladas também é indicado pela nutricionista. “Você pode fazer, por exemplo, frango desfiado, carne moída, hambúrgueres naturais, carnes cozidas e congelar tudo. Elas duram até 3 meses no congelador”, sugere.

Montar marmitas com um pouco de cada grupo alimentar e deixá-las congeladas, prontas para consumo também é uma estratégia que colabora para a boa alimentação.

“Você pode colocar arroz, feijão, dois vegetais – de preferência cozidos – e uma carne em uma marmitinha e congelar. Na hora da fome é só retirar e esquentar no microondas. Este tipo de planejamento ajuda na alimentação saudável, balanceada e parcimoniosa, ou seja, em pouca quantidade, porque você não precisa repetir”, explica.

Outras estratégias indicadas pela nutricionista são sempre ter de dois a três tipos de frutas em casa, além de ovos, iogurtes, coalhadas e leite, que pode ser de vaca ou vegetal. “Dá pra bater leite com fruta ou fazer ovos mexidos, lanches saudáveis, práticos e rápidos de preparar”, sugere a nutricionista, que destaca: “Com planejamento você tem acesso a alimentos fáceis de manusear e que colaboram para uma alimentação saudável e balanceada”.


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