Você tem a impressão de que as chances profissionais no país estão melhorando? O número de pessoas que responderam “sim” para essa pergunta aumentou: hoje, 49% são otimistas nesse sentido e isso representa uma alta de 3,1%. O dado corresponde ao item Perspectiva Profissional, que faz parte do Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Composto por sete diferentes itens – emprego atual; perspectiva profissional; renda atual; acesso ao crédito; nível de consumo atual; perspectiva de consumo e momento para duráveis -, o ICF também registrou alta. No mês de agosto, o aumento foi de 0,9%. Com isso, apresentou 78,9 pontos, em comparação com os 78,2 pontos obtidos em julho. Em relação a 2016, houve uma alta de 19% – na ocasião, o indicador estava em 66,3 pontos. Apesar do crescimento, o resultado ainda é baixo: o índice varia de zero a 200 pontos, sendo que, quando está abaixo de 100 pontos, indica insatisfação.
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Para a assessoria econômica da FecomercioSP, apesar de o ICF ainda estar no campo negativo, abaixo dos 100 pontos, está muito acima do valor de 2016, apontando uma pequena melhora nas condições econômicas das famílias, influenciada fortemente pela queda da inflação.
Trabalho
Outro destaque positivo obtido pela FecomercioSP foi o item Renda atual, que atingiu 91,2 pontos, alta de 3,5%. Com inflação abaixo dos 3%, deflação dos alimentos e uso dos recursos do FGTS das contas inativas, 28% dos paulistanos consideram que, hoje, a renda familiar está melhor do que há um ano. Esse é o maior porcentual desde junho de 2015.
Apesar de haver mais otimismo em relação à perspectiva de emprego, o item Emprego atual obteve ligeira queda em relação ao mês anterior (-0,9%) e ficou em exatos 100 pontos. Isso significa que o porcentual de respostas positivas se igualou ao de negativas. O item, porém, está 7,7% acima do patamar do ano passado, quando atingiu 92,8 pontos.
Crédito
Quando o assunto é crédito, o consumidor também parece mais animado. De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, as recentes reduções da Selic – que refletem nas taxas de juros cobradas do consumidor – têm colaborado para que haja menor restrição ao crédito.
Não por acaso, o item Acesso ao crédito teve uma evolução de 1,3%, atingindo 76,6 pontos. Apesar disso, 48% dos paulistanos ainda têm dificuldade para obter financiamento para compras a prazo. Apesar de elevado, esse índice é bem inferior aos 56% registrados em agosto de 2016.
Grandes compras
A simpatia em relação à grandes compras também é medida pelo Índice. Nesse caso, a percepção é que houve uma queda no número de paulistanos que consideram um mau momento para compra de bens como geladeira, TV e fogão. O item Momento para duráveis atingiu, em agosto, 55,9 pontos, 1,2% acima dos 55,2 pontos de julho. Na comparação com agosto do ano passado, o indicador avançou 39,9%. Em 12 meses, o porcentual de entrevistados que consideram um mau momento para compras de bens duráveis passou de 78% para 69%.
Planos de consumo
Apesar da melhoria na renda e no acesso ao crédito, 60% das famílias dizem consumir menos em agosto. O item Nível de consumo atual teve a avaliação mais baixa do ICF, registrando 50,7 pontos, 3,1% menor do que em julho. Na comparação interanual, porém, houve um avanço de 39,7%.
Além disso, o item Perspectiva de consumo obteve leve variação (-0,2%) em relação a julho, atingindo 74,2 pontos. Em comparação ao mesmo mês de 2016, quando o indicador estava em 53,4%, houve crescimento de 39%. Para 47% dos entrevistados, o consumo da família e da população em geral tende a ser menor nos próximos meses. Em agosto do ano passado, 62% responderam negativamente.