O alto fluxo de produtos na Indústria e no Varejo durante o Natal aumenta substancialmente os índices de ruptura, estoque negativo e itens sem venda. O impacto direto desses indicadores diminui em R$2,5 milhões o ganho dos dois setores nessa época do ano. O principal ponto de alerta é o Item Sem Venda, que em outros anos foi responsável por até 60% da perda.
O estudo Insights from Data to Execution (IDE), da Accera, aponta que a taxa de ruptura em outubro deste ano esteve em 3,1%. No ano passado, a taxa era de 3% e saltou para 10,7% em dezembro. Os índices de produtos sem venda e estoque negativo triplicaram de outubro a dezembro de 2017.
Alimentos natalinos
As frutas cristalizadas podem até causar uma certa polêmica nas ceias natalinas entre os que gostam e os que não são adeptos, mas o fato é que elas vendem. Quase um terço (32,8%) das vendas de frutas cristalizadas acontece em dezembro.
Ano passado as maiores compras dos alimentos natalinos (panetone, frutas cristalizadas, aves) tiveram seu ápice nos seis dias anteriores ao Natal. O pico representou 30% das vendas anuais destes produtos em 2017. Os panetones e chocotones registraram aumento de vendas de 29,8% no mês de outubro na comparação com 2017.
O segmento de aves também cresceu consideravelmente em outubro deste ano na comparação com 2017. As vendas subiram 33,4% e o último trimestre costuma representar 18,4% do total das vendas.
Para as cervejas, com vendas impulsionadas pelas festas e o verão, o período represente 14% das vendas anuais. A expectativa do setor é grande para 2018, já que ao longo deste ano o comparativo mostra crescimento de 16,5% em relação a 2017.