Pela primeira vez desde sua implantação em 2005, o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), mostrou que a confiança do consumidor brasileiro pertencente à classe AB marcou 97 pontos em março, chegando ao ?campo do pessimismo? (abaixo de 100 pontos). No mês de fevereiro o índice foi de 110 pontos.
O índice varia entre zero e 200 pontos, sendo que o ?campo do otimismo? está acima de 100 pontos. Em novembro do ano passado, o indicador marcava 153 pontos, 36 menos que o registrado em março deste ano.
?A principal explicação para o maior pessimismo da classe AB é que, apesar de ela ter mais condições de enfrentar a crise, é a mais bem informada com relação ao noticiário econômico?, avalia Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Levando em consideração somente a confiança do consumidor paulista, o índice ficou em 104 pontos em março contra 117 em fevereiro, puxando o índice do Sudeste para baixo. A região teve a maior queda: 107 pontos em março, ante 123 no mês anterior.
A região que mais se mostrou estável foi a Nordeste, com 126 pontos em março e 125 em fevereiro. No Sul foram 113 pontos em março, sobre 129 no mês anterior. Já no Norte e no Centro-Oeste foram 134 pontos ante 154 em fevereiro.
O INC mostrou que a confiança do consumidor brasileiro, de modo geral, foi de 117 pontos em março, 11 pontos a menos que fevereiro (128 pontos). Em 2014, o indicador geral registrou 137 pontos e, no ano anterior 149 pontos.
?Os ajustes na economia, os aumentos de tributos, preços e tarifas e a alta do câmbio provocam quedas no poder aquisitivo e na confiança da população?, diz Burti.
Leia mais
Confiança do consumidor interrompe queda