O iFood anunciou que vai testar entregas feitas através de drones no Brasil. A empresa, que já recebeu aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para realizar voos experimentais com os quadricópteros, pretende utilizar o drone para complementar a operação de outros modais, como motos, bicicletas e patinetes elétricos. Segundo Fernando Martins, gerente de inovações para logística no iFood, os testes devem iniciar em outubro.
“A partir do piloto iniciado em Campinas (São Paulo), previso para outubro, teremos mais insumos para planejar formas de escalar o modal e quem sabe até descobrir outros casos de uso. Entre as 1000 cidades em que operamos, vemos potencial de aplicação em cerca de 200 cidades”, diz Fernando.
Como vai funcionar?
Inicialmente, não serão feitas entregas diretas aos clientes; isto é, o drone funcionará como um facilitador para o transporte de cargas entre locais com grande número de restaurantes e fornecedores de alimentação para espaços de onde entregadores levarão os produtos para as casas dos clientes.
O primeiro teste será no shopping Iguatemi, em Campinas (SP), realizando o trajeto da praça de alimentação até um ponto específico onde as refeições serão repassadas aos entregadores. Posteriormente, outro teste vai observar o deslocamento até um outro ponto próximo a condomínios na região do shopping. Esta rota, de 2,5 quilômetros – que seria feita em 10 minutos normalmente – poderá ser realizada em 4 minutos pelo drone, diz a empresa.
“Fizemos um estudo de qual seria a melhor cidade para iniciar os voos experimentais, por conta do terreno e seguindo orientações da própria Anac. Além de termos um escritório na cidade, o que facilita o acompanhamento da operação, Campinas tem concentração significativa de pedidos e áreas mais esparsas, que permitem que os voos sejam feitos com total segurança e que estivéssemos em conformidade com a agência regulamentadora”, explica o gerente de inovações para logística do iFood.
Quais as Vantagens?
De acordo com o iFood, a ideia de utilizar drones nas entregas visa aumentar a eficiência do serviço, reduzindo o tempo de espera, já que as aeronaves podem voar em linha reta e evitam transtornos em ruas e avenidas.
Outro ponto interessante, diz a empresa, é a possível redução de custos de operação a longo prazo, o que pode vir a diminuir os valores pagos pela entrega ao cliente final.
Segundo Rafael, o drone traz uma certa previsibilidade para a operação, já que é possível acompanhar a rota por softwares, de forma automatizada. “Aumenta muito nosso potencial de eficiência de entrega. Uma vez em operação e funcionando em harmonia com os demais modais, o drone será um grande aliado do segmento de delivery”, acredita.
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