Hype de 2022, o universo virtual de Zuckerberg já não gera tanto interesse no Brasil. A Inteligência Artificial (IA), ao contrário, tomou a liderança e passou a ser mais buscada que o metaverso na internet.
Segundo um levantamento realizado pela Conversion, as buscas por “Inteligência Artificial” (IA) já são três vezes maiores do que o termo “metaverso” no Brasil.
A pesquisa analisou os dados entre janeiro de 2022 a março de 2023 e os resultados mostram que a IA está ganhando cada vez mais destaque no país
Ao que tudo indica, a Inteligência Artificial ganhou protagonismo pelo apelo disruptivo. Nos últimos tempos, nunca se viu tanta discussão sobre a evolução das máquinas como agora, e IA trouxe esse caminho sem volta para a sociedade nas relações com o digital.
O conceito da Inteligência Artificial (IA)
A Inteligência Artificial nada mais é do que uma área da computação que tem como objetivo desenvolver algoritmos e sistemas capazes de realizar tarefas que, normalmente, exigiriam inteligência humana. Esses sistemas são capazes de aprender com dados e experiências, adaptando-se às situações e gerando insights valiosos.
Sua aplicação está em diversas áreas, como saúde, finanças, marketing e logística. O exemplo mais claro é o uso de chatbots para o atendimento. Esse tipo de IA filtra as diferentes demandas, dá soluções, ou destina os clientes para áreas respectivas para ser atendido por uma pessoa especializada.
Leia mais: Bots para atendimento e paradoxo da Inteligência Artificial
Segundo Diego Ivo, CEO da Conversion, agência que já utiliza a IA para algumas frentes de marketing digital, ela pode ser considerada tão relevante quanto à internet. “A capacidade exponencial da Inteligência Artificial para a solução de problemas e geração de soluções é o que a faz tão revolucionária quanto a internet”, diz.
“Apesar de não ser um tema novo, o conceito da IA está alcançando as pessoas há pouco tempo e, definitivamente, o ChatGPT foi a mola propulsora para o estouro das buscas nas últimas semanas”, completa.
Tecnologia viral
Sem dúvida, um fator que tem contribuído para o aumento do interesse pela IA é o ChatGPT. Este modelo de linguagem natural desenvolvido pela OpenAI utiliza a tecnologia de Inteligência Artificial para criar conversas e responder a perguntas dos usuários.
A tecnologia é cognitiva e capaz de aprender com as interações e melhorar suas respostas ao longo do tempo. “Basta uma busca no Google, principal indicador, para mostrar o efeito backlash no interesse pelo metaverso”, frisa Diego Ivo, da Conversion. Esse interesse e dinamismo das IAs tem gerado muita curiosidade entre as pessoas. E diante de um tecnologia tão sedutora, fica a pergunta: para onde foi o Metaverso?
Uma internet tridimensional, apenas
O metaverso, como sabemos, é um universo virtual compartilhado, em que os usuários podem interagir em tempo real, criar e consumir conteúdo, participar de eventos, visitar localidades, entre outras atividades.
É como se fosse uma “internet tridimensional. Foi atrativa por um tempo, no entanto, houve muita promessa e pouca entrega. Para Diego Ivo, “muito pouco foi apresentado ao público”, pois o conceito do metaverso ainda tem muito a evoluir, principalmente sobre privacidade e segurança.
Essa complexidade do metaverso fez com que o interesse geral do público diminuísse. Já com a chegada do ChatGPT, a “magia”, tão panfletada pelo metaverso – porém, menos tangível do que de fato era -, foi substituída rapidamente pelo apelo surpreendente e ágil do ChatGPT com auxílio da IA.
Em outras palavras, faltou mais inteligência e menos artificialidade para o metaverso não flopar. Exite apelo? Talvez. Mas não tanto para massas como tem sido a IAs e ChatGPT. Além disso, as funcionalidades das IAs permeiam um vasto campo de aplicações em camadas que não necessariamente precisam de novas máquinas, óculos, luvas etc para serem ativadas.
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