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Brasileiros conhecem e usam IA generativa mais do que média global

O Spotify levou cerca de 150 dias para conquistar um milhão de usuários. Já o Instagram, cerca de 75 dias. ChatGPT? Apenas cinco dias. O interesse pelos consumidores ao redor mundo sobre a Inteligência Artificial (IA) aumentou com a popularização do ChatGPT e outras ferramentas orientada por IA. De acordo com o novo estudo global do Boston Consulting Group (BCG) intitulado Consumers Know More About AI Than Business Leaders Think, os líderes de negócios devem entender que os consumidores estão com mais conhecimento sobre o tema ao desenvolver e implantar soluções habilitadas para IA.

O estudo também revela um alto nível de otimismo entre os consumidores brasileiros em relação à GenAI. O Brasil ocupa o terceiro lugar entre as nações mais otimistas, com 46% dos entrevistados expressando confiança no potencial dessas tecnologias, ficando atrás apenas da China e da Indonésia. No entanto, ao considerar o indicador de sentimento dos consumidores, que inclui não apenas os otimistas, mas também os conflitantes ou preocupados, o Brasil ocupa a sétima posição nessa comparação.

Segundo Alexandre Montoro, diretor executivo e sócio do BCG, “As ferramentas de IA generativa democratizaram o acesso à IA, o que, combinado a uma população digitalmente engajada e a uma cultura de inovação, explicam a maior adoção e otimismo dos consumidores no Brasil e em países similares”.

Percepções globais sobre o impacto da tecnologia na vida Cotidiana

A maioria das pessoas ao redor do mundo acredita que a tecnologia veio para melhorar diversos aspectos de suas vidas. Nesse contexto, as pessoas estão usando as novas tecnologias para o bem-estar pessoal, ajudando na saúde. Por exemplo, 32% dos entrevistados usaram um aplicativo de saúde e fitness habilitado para IA. Consumidores também estão utilizando a tecnologia para encontrar produtos ou serviços certos para suas necessidades, ou para cumprir objetivos pessoais. E por fim, a pesquisa descobriu que 28% dos entrevistados usaram a pesquisa visual alimentada por IA para encontrar produtos que correspondem ou se assemelham a itens que desejam comprar.

IA generativa no trabalho

A integração da IA nos processos de trabalho tem despertado uma mistura de emoções e expectativas entre os profissionais brasileiros. Enquanto uma parte expressiva está entusiasmada com o potencial transformador da tecnologia, outra parcela pondera sobre os desafios éticos e de segurança que acompanham esse avanço.

O Brasil, juntamente com o Japão, é um dos países com os trabalhadores mais entusiasmados em relação à adoção da tecnologia no local de trabalho, com 74%, coloca o país atrás apenas de gigantes tecnológicos como a China (79%) e países vizinhos como a Argentina (75%). No entanto, quando se trata do indicador de sentimento geral dos consumidores, o Brasil cai para a sexta posição global. Esta posição é influenciada pelos receios compartilhados em todo o mundo sobre questões de segurança de dados e o uso ético da IA generativa.

“Os líderes no Brasil precisam aproveitar essa maior abertura do brasileiro em relação ao uso da IA generativa no trabalho para aumentar nossa capacidade produtiva versus o resto do mundo, investindo no uso responsável de IA generativa para ganho de produtividade e na capacitação das pessoas”, reforça Montoro.

De forma geral:

  • 55% dos entrevistados acreditam que não serão substituídos por essa ou outras tecnologias;
  • 19% dos trabalhadores, principalmente das áreas de Marketing e Comunicação, Finanças e Contabilidade se sentem vulneráveis.

Os professores, profissionais da saúde e de cuidados domésticos são os mais confiantes de que seus trabalhos não podem ser facilmente substituídos pela IA generativa e pensam que ela irá auxiliar a educação e o aprendizado (60%), além de aprimorar a eficiência no ambiente de trabalho (55%).

“A IA Generativa tem um potencial de disrupção no ambiente de trabalho, e irá promover, não necessariamente a substituição do ser humano, mas sim a redefinição de papéis e responsabilidades, o que, por sua vez, irá exigir que os CEOs estejam cientes dos efeitos que essa disrupção terá no bem-estar emocional e na identidade profissional das pessoas”, finaliza Alexandre Montoro.

Bianca Alvarenga

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