A OpenAI lançou nesta segunda-feira (14) novos modelos da sua ferramenta de Inteligência Artificial (IA) generativa, o ChatGPT. São os modelos GPT-4.1, GPT 4.1 mini e nano – este último, o modelo menor, mais barato e rápido –, treinados especialmente para desenvolvedores.
Segundo Kevin Weil, Chief Product Officer da OpenAI que apresentou uma live para anunciar os lançamentos, “esses modelos são melhores do que o GPT-4o em praticamente todas as dimensões, e até ultrapassam o modelo GPT-4.5 em alguns pontos-chave”. Ainda, pela primeira vez, os três modelos são capazes de lidar com até 1 milhão de tokens de contexto.
Enquanto o modelo GPT-4.1 se trata de uma evolução do modelo multimodal anterior da OpenAI, as versões avançadas do mini e nano, respectivamente, são aplicadas para uso eficiente em menor escala e operações em dispositivos locais com recursos limitados.
O modelo GPT-4.1 está disponível apenas na API do ChatGPT, interface de programação que permite conectá-lo a outro software. Ou seja, utilizando o processamento de linguagem da ferramenta em outros programas, como sites.
O fim do GPT-4
Na última semana, a OpenAI anunciou que o modelo GPT-4 será desativado e substituído pela versão GPT-4o, versão mais avançada da ferramenta de processamento de linguagem. A partir do dia 30 de abril, segundo a empresa, o modelo estará disponível apenas por meio da API. O motivo é que o modelo multimodal GPT-4o é considerado o mais avançado em várias tarefas, sendo seu sucessor natural.
Além disso, na semana passada, foi lançada uma nova funcionalidade do ChatGPT que aprimora a memória do chatbot. A ferramenta agora é capaz de “lembrar” de conversas passadas com o usuário, oferecendo respostas mais contextualizadas e personalizadas em cada interação. É como se a tecnologia criasse uma espécie de arquivo, permitindo um diálogo ainda mais natural e humanizado.
Ainda, a funcionalidade é opcional, e usuários podem desativá-la caso assim desejarem. Dessa forma, os usuários não precisam se preocupar com o compartilhamento de informações sensíveis com o ChatGPT.
Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, no X (antigo Twitter), o novo recurso é um marco na corrida por “sistemas de IA que conhecem você ao longo da vida”. O recurso está sendo implementado gradualmente para usuários Pro, e ainda não há previsão de lançamento para usuários da versão gratuita do chatbot.
Servidores “derretendo”
Na última semana, Sam Altman escreveu no X sobre a sua empolgação em anunciar uma nova funcionalidade da IA da empresa.
Além disso, no início do mês, o executivo disse na rede social que os consumidores deverão esperar por alguns atrasos nos novos lançamentos da OpenAI, assim como um serviço mais lento, enquanto a empresa lida com desafios de capacidade da ferramenta.
Em março, o chamado “Ghibli-verso” ganhou força nas redes sociais depois que usuários utilizam o ChatGPT para criar versões de fotos, memes e imagens no estilo de ilustração do Studio Ghibli, estúdio japonês responsável por animações como A Viagem de Chihiro e Meu Vizinho Totoro.
Na época, Sam Altman comentou que os servidores da OpenAI estavam “derretendo” devido ao uso massivo da ferramenta de geração de imagens. Tanto que, na sequência, a funcionalidade foi fechada para os modelos pagos por assinatura do ChatGPT.