A Serasa, em parceria com a Opinion Box, buscou entender o comportamento das gerações em relação às suas finanças, desde a organização financeira até o uso de produtos financeiros. O principal tema, para todas as gerações menos uma, é investimentos. Somente Baby Boomers procuram saber mais sobre o cenário econômico do que formas de multiplicar o dinheiro.
Ao avaliar o comportamento das gerações é possível identificar semelhanças e diferenças de comportamento. Em todas as gerações, cerca de 37% se preocupam em registrar os gastos cotidianos em busca de uma organização financeira. Se destacam os Baby Boomers, em que esse é um cuidado recorrente para 43%.
O que difere, principalmente, é a forma de realizar essa tarefa. Se para 46% da Geração Z o tradicional caderno é o meio preferido, esse percentual sobe para 65% entre os Baby Boomers. Já Millenials e a Geração X ficam em torno da metade, com 48% e 54% respectivamente.
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Inversamente, 74% da Gen Z utiliza aplicativos para realizar transações e para a organização financeira, percentual que cai para 72% entre Millenials, 66% na Geração X e apenas 55% entre Boomers.
Pensando nos motivos para não usar um aplicativo de finanças para controlar gastos, as gerações Z e BB não utilizam por não sentirem seguros ou não estarem familiarizados com esse método, que tem maior destaque para Millenials, enquanto a Geração Z manifesta sua preocupação com a privacidade e opta por outros meios por não querer colocar todas as informações de gastos em um aplicativo.
A internet e as redes sociais são a principal fonte de informação sobre finanças e gestão do dinheiro em todas as gerações. Mas enquanto Gen Z e Millenials utilizam principalmente Instagram como fonte de aprendizagem sobre finanças e movimentação de dinheiro, o Youtube ganha terreno entre a Geração X e Baby Boomers.
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Ao avaliar a frequência que costuma consultar informações relacionadas a finanças, as gerações Z, Y e X têm o hábito de consumir pelo menos uma vez por semana conteúdo dos portais de notícias online, rádio e redes sociais. A geração Y também acessa jornal impresso e sites/aplicativos do banco, e a X gosta de ver conteúdo através da TV. Já a geração BB tem o hábito de acompanhar finanças principalmente por jornal impresso.
Ao ponderar sobre a busca de informações, o estudo da Serasa identifica que Baby Boomers e Gen X concordam que a educação financeira é uma função da família, enquanto a geração Z percebe que a educação financeira é uma função da escola. Ainda, todas as gerações têm uma percepção de que sabem onde encontrar informações sobre educação financeira.
Os temas de finanças que foram mais consumidos nos últimos 12 meses pelas gerações Z, Y e X foram, investimento, renda extra e educação financeira. Já os Baby Boomers têm maior interesse pelo cenário econômico, dívidas e investimento. E, analisando o comportamento, é importante observar que segurança de dados ganha maior relevância entre os mais velhos. É interessante observar que as gerações Z, Y e X buscam uma maior variedade de temas de finanças que os Baby Boomers.
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Dinheiro vivo x digital
Todas as gerações utilizam, majoritariamente, o aplicativo de banco para acessar a conta bancária, mas há uma queda para os Baby Boomers. O estudo da Serasa/Opinion Box ressalta que, para as gerações X e BB, há mais relevância na agência presencial e boca do caixa eletrônico, confirmando a tendência de digitalização das atividades mais forte entre os mais jovens. A Geração Z e os Millenials confiam mais no meio online ou igualmente nos meios online e presencial para resolver as situações bancárias.
Além disso, a Geração Z é a que mais utiliza o aplicativo do banco para movimentar dinheiro, sem receios, seguido pelos Millenials. Baby Boomers e Geração X tem um receio maior em fazer movimentações pelo aplicativo quando o valor é muito alto e há um percentual maior dos que não movimentam dinheiro no aplicativo, demonstrando uma maior desconfiança dessas gerações em relação a tecnologia.
Assim como na movimentação financeira, o uso do dinheiro é mais disseminado entre os mais velhos, enquanto as gerações mais jovens usam mais carteiras digitais e fazem menos saques de dinheiro vivo.
Entre os motivos para sacar dinheiro, não há diferenças entre as motivações, sendo elas os casos de emergências, ter que fazer pagamentos em dinheiro e gostar de ter uma quantia em dinheiro físico se destacam em todos os perfis.
O caçulinha das formas de movimentação financeira, o Pix, tem o maior destaque de forma geral. Contudo, o cartão de débito se sobressai para os Baby Boomers, enquanto os números de Pix e cartão de crédito são mais relevantes entre os mais jovens. Ao se analisar o meio mais utilizado, apenas a Geração Z tem como principal forma de pagamento o Pix. Para todas as outras gerações o cartão de crédito é o principal.
Curtir uma publicação é a principal forma de interação dos brasileiros nas redes sociais quando pensam em conteúdos de notícias. É interessante observar que existe um comportamento similar em todas as gerações ao realizar suas interações nas redes sociais.
E o compartilhamento é criterioso, aponta a pesquisa: as gerações não têm o hábito de compartilhar notícia sobre economia depois de ler apenas o título, embora essa prática seja mais comum entre os jovens. Vale ressaltar que grande parte dos consumidores pensa duas vezes antes de compartilhar uma notícia de economia on-line se não tiver feito a leitura completa do conteúdo.4
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